Com o objetivo de marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio), alunos, professores, técnicos, gestores e parceiros do Projeto ViraVida de todo o Brasil participaram de diversas ações de mobilização contra a violência infanto-juvenil.
A data, instituída há doze anos por um decreto-lei, lembra um caso de violência ocorrido em 1973, que chocou o Brasil. A menina Aracelli Cabrera Sanches, então com oito anos, foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma família capixaba. Apesar da repercussão, não houve punição para os responsáveis.
Em Alagoas, nesta sexta-feira, alunos, colaboradores e parceiros projeto ViraVida no Estado participaram, no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) – Unidade Poço, de um seminário sobre Exploração Sexual, promovido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi).
No início da programação, uma aluna do Projeto apresentou a Contextualização do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. Em seguida, o diretor de Articulação Institucional da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), Edmilson Vasconcelos, ministrou a palestra “O Fenômeno da Violência Sexual”.
Também na oportunidade, emocionando a todos os presentes, os alunos do ViraVida realizaram apresentações teatrais abordando como tema principal a violência infanto-juvenil. O evento foi encerrado com a apresentação do coral formado por alunos.
Durante a tarde, juntamente com Procon, os alunos participaram de uma blitz de sensibilização contra a exploração infantil, entregando panfletos em semáforos, bares e restaurantes da orla de Maceió. “Queremos sensibilizar a sociedade para a importância de ações de enfrentamento à exploração sexual contra crianças e adolescentes”, destaca a coordenadora operacional do ViraVida em Alagoas, Fernanda Ferreira da Silva.
Inclusão – O ViraVida é uma iniciativa do Conselho Nacional do Sesi, em parceria com entidades do Sistema S (Senai, Senac, Sebrae, Sesc, Sest/Senat, Senar e Sescoop), organizações governamentais e não-governamentais. Inicialmente, em Alagoas, estão sendo atendidos 57 jovens alagoanos, com idades entre 16 e 21 anos, em situação de vulnerabilidade com relação à exploração sexual. As ações do projeto consistem em um leque de oportunidades aos jovens, a partir da efetivação dos direitos, elevação da autoestima, escolaridade, profissionalização, noções de autogestão e encaminhamento ao mundo de trabalho.