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Maceió

Seminário debate estratégias contra a exploração do trabalho infantil

12 de junho é considerado o Dia Mundial ao Combate ao Trabalho Infantil. A cada ano, várias instituições públicas e entidades alagoanas se unem para promover ações educativas visando à erradicação da exploração de crianças e adolescentes. A campanha deste ano traz o mote: “Trabalho infantil. Deixar de estudar é um dos riscos”, destacando as quatro piores formas de trabalho infantil que é o doméstico, o informal urbano (nas ruas), na agricultura com aplicação de agrotóxicos e o trabalho no lixo.

Nesse sentido, a Semed, por meio da Diretoria de Gerenciamento Escolar, juntamente com o Centro de Apoio Integral a Criança e Adolescente (Caica), Centro de Referencia Regional em Saúde do Trabalhador (Cerest) e a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) – por meio do programa Liberdade Assistida – promoveram, no auditório Paulo Freire, na Semed, um seminário que debateu a partir de três palestras.

A primeira delas foi ministrada pelo conselheiro tutelar, Silvanio Barbosa que falou sobre a ação dos conselhos tutelares no combate a exploração do trabalho infantil. A segunda palestra foi realizada pela pedagoga do Caica, Tatiane Teles, que descreveu sobre a relação do trabalho infantil no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A última palestra foi feita pelo engenheiro de Segurança do Trabalho, Paulo Cesar Fernandes, e teve como tema as piores formas de trabalho infantil.

Para a diretora de Gerenciamento Escolar de Semed, Elaine Oliveira, o objetivo do seminário é chamar a atenção da comunidade escolar para a exploração do trabalho infantil em nossa cidade. “Temos que assumir a responsabilidade que a escola tem com a infância das nossas crianças. Fora da escola, elas correm sérios riscos de serem exploradas de todas as formas imaginárias. Por isto temos que envolver nesta luta, os nossos professores e toda a comunidade escolar”, afirmou.

A coordenadora do Cerest, Denise Moreira, confirmou que existe uma campanha nacional preconizada pelo Ministério da Saúde no combate ao trabalho infantil. “Vem acontecendo com frequência, no nosso país, vários acidentes e doenças ligadas ao trabalho envolvendo crianças, inclusive com mutações. Precisamos urgentemente mudar este quadro”, afirmou.

O seminário teve como público-alvo os professores, coordenadores de ensino, diretores e a comunidade escolar, que terão como diretriz, serem multiplicadores da ideia dos riscos que uma criança corre ao ser explorada no que tange ao trabalho infantil.

Alguns números foram colocados no seminário. Em todo o mundo, segundo números da OIT, cerca de 200 milhões de crianças entre 5 e 17 anos trabalham. Aproximadamente, 165 milhões de crianças com idade entre 5 e 14 anos, faltam ou abandonam definitivamente a escola para trabalhar. No Brasil, o trabalho infantil é predominantemente agrícola, cerca de 36,5% das crianças estão em granjas, sítios e fazendas e 24,5% em lojas e fábricas.