Dança afro, capoeira, coco de roda, artesanato e entusiasmo marcaram a I Mostra de Arte e Cultura do programa Escola Aberta, que aconteceu nesta quinta-feira (24), no calçadão da Rua do Comércio, no Centro. Além dos participantes da mostra e da comunidade envolvida, muita gente que circulava pelas ruas do Centro foram atraídas pela toque da música afro e pelo colorido das indumentárias e do artesanato em exposição.
Resultado de uma parceria entre os programas federais Escola Aberta e Mais Educação, a mostra apresenta o trabalho desenvolvido nas escolas da rede municipal de Maceió envolvidas nos programas. De acordo com a coordenadora do programa Escola Aberta em Maceió, Regina Bispo, os trabalhos expostos durante o evento visam mostrar o que as escolas estão produzindo e oportunizar um momento de integração. “Desta forma, cada escola conhece o trabalho da outra e, em conjunto, podem demonstrar a importância do programa e sua capacidade de alterar a realidade das comunidades envolvidas”, comentou Regina.
A Escola Major Bonifácio apresentou uma performance de dança afro intitulada Infância Sem Racismo. Segundo a educadora social Ana Paula Nascimento, a performance faz parte das atividades preparadas para a Semana de Luta Contra o Preconceito Racial, em parceria com o Centro de Cultura e Cidadania Malungos do Ilê. “Pretendemos combater o racismo e diminuir as desigualdades sociais geradas pelo preconceito. Para isso, buscamos esse trabalho com as crianças, trazendo-as para a escola, onde é o lugar delas”, enfatizou Ana Paula.
Para o estudante do 8º ano, Ismael da Paz, dançar no Malungos do Ilê é uma oportunidade de convencer as pessoas que o importante é respeitar as diferenças. “Além de ser legal, nós ajudamos as pessoas a evitar o preconceito”, disse o estudante, ainda carregando a bandeira de Alagoas, que expôs durante o espetáculo.
O artesanato participou com estandes compostos por trabalhos de várias escolas. Entre elas, a Escola Jaime de Altavila que, após a implantação do Escola Aberta, teve resultados surpreendentes na realidade da comunidade escolar. “Foi realmente muito positivo o Escola Aberta para nós. Depois dele a escola nunca mais foi assaltada. A comunidade faz parte, efetivamente, da escola. Muito artesão tem renda hoje graças à participação no programa, além de muitas vezes ser uma terapia na vida difícil de muitas mães”, afirmou Fátima Ferreira, diretora da escola.
Para Marcelo Nascimento, secretário adjunto da Semed, o trabalho desenvolvido nas escolas estimula a criatividade, qualifica a mão de obra e otimiza o tempo das comunidades envolvidas. “Com a exposição dos trabalhos produzidos, a Semed busca integração com a sociedade e demonstra a qualidade do trabalho feito pelas coordenações locais dos programas”, salientou.
Participaram da mostra, durante todo o dia, as escolas municipais Major Bonifácio, Hélvia Valeria, Zumbi dos Palmares, Frei Damião, Pedro Café, Nosso Lar I, Manuel Pedro, Rui Palmeira, Eulina Alencar, Brandão Lima, Denisson Menezes, João XXIII, Jaime de Altavila, Pompeu Sarmento e Floriano Peixoto.