No dia 21 de Março é comemorado o Dia Internacional da Criança com Síndrome de Down. Nesta data, Maceió tem o que comemorar. As crianças com necessidades especiais matriculadas na Rede Pública Municipal de Ensino de Maceió tem a garantia do atendimento educacional especializado com direito à salas de recursos e um plano de atendimento educacional individualizado.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) mantém o Departamento de Educação Especial, composto por profissionais especializados. Mensalmente esse grupo participa de formação continuada visando qualificar a todos os professores de sala de aula para trabalhar com as crianças com necessidades especiais.
A Síndrome de Down tem causa genética, ocorre na divisão celular durante a fase embrionária, isso significa que uma pessoa que nasce com a Síndrome possuem 47 cromossomos, em vez dos 46 que nós seriam normais. Geralmente, a síndrome acarreta mulheres acima de 35 anos de idade, gravidez precoce, entre outras situações. A diretora do departamento de Educação Especial, Neuza Scortegagna, salienta que as crianças desenvolvem suas potencialidades com profissionais especializados num ambiente adequado às suas necessidades.
Ela explica que aluno com Síndrome de Down tem direito ao atendimento educacional especializado nas escolas do município, por se tratar de uma síndrome, esse atendimento, segundo ela é individualizado. “Dependendo do grau de deficiência de cada criança e de cada caso é feito um atendimento educacional especializado pela sala de recurso”.
Especiais em salas regulares
No Centro de Educação Infantil profa. Maria Aparecida Bezerra, no Trapiche da Barra, exitem dois alunos especiais: um deles é o pequeno Ryan Gustavo Santos, portador da Síndrome de Down, com 2 anos.
Esperto e sorridente, o aluno acessou este ano à creche, após o estímulo da própria diretora da unidade escolar. Segundo Tereza Zottich, diretora da creche, quando a mãe foi matricular a filha de 7 anos, ela perguntou se a criança era filha única, ao saber que a mãe tinha um filho em idade escolar, a diretora questionou o motivo de mão matriculá-lo, uma vez que havia vaga para o maternal, série da segunda criança.
“A mãe disse que o filho era especial, que tinha Síndrome de Down e nenhuma escola o aceitaria. Então eu perguntei que motivo nossa creche teria para não receber aquela criança, uma vez que ela tem direito. A mãe chorou, em um misto de emoção e gratidão”, revelou a diretora.
Ryan participa ativamente das atividades e segundo Tereza, se ele continuar a ser estimulado, será alfabetizado na idade certa.
Inclusão
semed_visita_creche_ATO (76)Ao procurar a unidade escolar os pais de crianças com necessidades especiais são encaminhadas para a sala de recurso, onde passam por entrevista e avaliações psicopedagógicas, procurando traçar o perfil individual do aluno, por meio de um estudo de caso.
Nessas entrevistas, conhecida como anamnese, os profissionais buscam conhecer um pouco da história de vida da criança, desde a concepção até os dias atuais como comportamento, alimentação, medicação, podendo a partir de então realizar outros encaminhamentos clínicos.
Em seguida a criança passa por uma avaliação onde é observado vários aspectos. Conforme o diagnostico do profissional, a partir da realização dos dois instrumentos de análises é feito um plano de atendimento educacional especializado dependendo da necessidade de cada criança.
A técnica do departamento, Daniella Lins, ressalta que o plano de trabalho individualizado fixa parcerias com os próprios profissionais da escola, a respeito de de uma orientação dada a um professor de educação física de como, por exemplo, ele pode trabalhar com esse aluno, bem como aos professores de sala regular. “o plano individualizado, oferece orientações a ser dada a cada profissional da escola, isso é muito importante e faz toda diferença” frisa ela.
O atendimento educacional especializado é feito em salas de recursos que oferecem uma estrutura que auxilia na aprendizagem e no desenvolvimento cognitivo de cada criança. Atualmente, o município disponibiliza 68 escolas com sala de recursos e aguarda a liberação de outras 20.
São nessas salas que o público-alvo da educação especial recebe o atendimento educacional individualizado, a partir de um plano de trabalho. Nelas eles participam de atividades diferenciadas, que incluem jogos pedagógicos, materiais adaptados, além de outros recursos tecnológicos.
