Evento foi realizado no auditório da Faculdade Tiradentes
Os desafios da função de perito médico no serviço público foi tema de uma palestra promovida hoje pela Secretaria Municipal de Administração, Recursos Humanos e Patrimônio de Maceió (Semarhp). O evento foi realizado no auditório da Faculdade Tiradentes (Fits) e reuniu, além dos médicos-peritos, profissionais da área de Recursos Humanos de diversas secretarias.
O especialista Baldur Schubert, representante da Organização Ibero-Americana de Seguridade Social no Brasil (OISS) e coordenador da área técnica de Saúde do Homem, do Ministério da Saúde, ministrou a palestra “Desafio da perícia médica e reabilitação profissional”.
Schubert defende que o serviço público obedeça aos mesmos critérios de segurança do trabalho e saúde laboral que são implantados pela iniciativa privada. “O objetivo das minhas palestras é mostrar que o funcionário público merece a mesma atenção que ele, enquanto profissional, oferece todos os dias ao cidadão que busca seus serviços”, analisa. E essa atenção, segundo ele, começa pelas condições do local de trabalho, que pode evitar a incidência de doenças que acabam levando o profissional ao afastamento das funções.
“A avaliação de incapacidade para o trabalho deve ser a última etapa a ser observada pelo perito quando examina um caso que chega às suas mãos. Ele deve procurar saber, por exemplo, o que levou o servidor a desenvolver certo tipo de doença no trabalho, para buscar uma solução definitiva para o problema”, explica Schubert.
Segundo ele, de nada adianta afastar o funcionário do serviço por certo período e depois ele voltar a trabalhar no mesmo local considerado insalubre. Para o secretário de Administração, Recursos Humanos e Patrimônio, Sérgio Villela, outro ponto importante a ser observado nos casos de licença médica é o acompanhamento do servidor afastado.
“Nós ainda não temos no município como acompanhar a evolução do tratamento médico do servidor. O ideal é que seja feito o monitoramento em casa, saber se o tratamento está fazendo efeito, se a pessoa está tomando a medicação prescrita”, explica o secretário. Essa medida, segundo Villela, ajudaria a trazer o funcionário público de volta ao trabalho, além de economizar recursos do município com os gastos pelo afastamento.
