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Sergipe

Semarh discute prognóstico da Bacia do Rio Japaratuba

A cidade de Pirambu serviu como cenário na manhã desta quarta-feira, 26, para a realização de uma consulta pública visando a apresentação e discussão do prognóstico dos cenários atuais da bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba. O evento, coordenado pelo Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), aconteceu no Centro Comunitário da região objetivando assim a elaboração do Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos Rios Sergipe, Piauí e Japaratuba.

Os processos de consultas públicas vêm acontecendo desde a última segunda-feira, 25. Cada dia está sendo abordado o prognóstico de cada bacia. De acordo com o diretor do Departamento de Planejamento e Coordenação de Recursos Hídricos da Semarh, Pedro Lessa, o prognóstico refere-se à segunda etapa dos Planos de Bacias Hidrográficas.

“O conteúdo do prognóstico caberá estabelecer a visão de futuro para a bacia, isto é, a realidade desejada no horizonte de planejamento selecionado – 20 anos (‘A bacia que queremos’) acompanhada de visões da evolução do quadro atual, contidas no Diagnóstico, segundo diferentes conjunturas, dando origem a diferentes cenários, sendo um deles necessariamente correspondente ao cenário Tendencial e o outro, o Alternativo”, afirmou.

Consultas Públicas

Durante o processo de apresentação do prognóstico nas consultas públicas, técnicos da Consultoria Estudos e Projetos do Estado do Rio de Janeiro- Cohidro- empresa contratada pela Semarh para elaboração dos Planos das Bacias Hidrográficas dos rios Sergipe, Piauí e Japaratuba – discutiram com os membros do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba a situação real da bacia.

“Nos problemas apontados destacam-se o desmatamento de nascentes, a invasão e destruição da mata ciliar, o sistema precário de abastecimento de água, o excesso de minerais na água, a poluição por esgoto doméstico e industrial, a inexistência de esgotamento sanitário, o conflito gerado pela escassez d’água, a retirada de areia do rio, como da ausência de política ambiental”, comentou a gerente técnica da empresa Cohidro, Ana Catarina.

Ainda segundo ela, durante a audiência pública os membros dos comitês deram suas contribuições favorecendo assim aos estudos apontados diante do prognóstico. “Contamos com a participação de 30 representantes que atuam no Comitê da Bacia do Rio Japaratuba e ficamos bastante satisfeitos em observar que esses membros querem contribuir de alguma forma para a preservação não só de suas bacias, mas, das outras”, cita Catarina.

A última audiência pública acontecerá amanhã, 27, no município de Estância. O evento que discutirá o prognóstico da Bacia do Rio Piauí ocorrerá no pólo da Universidade Tiradentes (Unit). Após a conclusão dessas audiências enfatizando as discussões do Prognóstico, Catarina disse que o próximo passo para a realização do Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas de Sergipe será concluído com a próxima etapa, que será a do Plano de Ação das bacias.

“No nosso planejamento, entre o mês de julho a agosto estaremos concluindo a fase do prognóstico em que começaremos a delinear as ações antes do começo de outubro. Após o período de eleições vamos referendar a aprovação do Plano” disse Catarina, afirmando que até o mês de dezembro o plano será referendado no Conselho Estadual de Recursos Hídricos contando com a participação efetiva do poder publico e da sociedade.

Contribuições

Presente no evento, o secretário de Turismo e Meio Ambiente de Pirambu, o professor Anderson Góis, disse que a construção do prognóstico para a elaboração do Plano é de extrema importância uma vez que os municípios não têm condições de elaborar planos como esses.

“Diante disso os comitês juntamente com a Semarh acabam trazendo subsídios técnicos para que possamos coletar as demandas da população, como, da sociedade civil de cada município, fazendo com que essas ideias tragam benefícios para as bacias por meio de um ponto de vista coletivo”, avaliou.

Quem também deu suas contribuições sobre o evento foi a presidente do Comitê do Rio Japaratuba, a professora Rosa Cecília. “Esse é um momento em que estamos contribuindo de forma efetiva para sanar os problemas oriundos que acontecem na nossa bacia. Uma das coisas importante desse prognóstico é que ele irá prever uma análise dos padrões de crescimento demográfico, econômico e das políticas públicas, planos, programas e projetos setoriais relacionando-os aos recursos hídricos, procurando assim compatibilizar os interesses internos e externos às bacias”, finalizou.