O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) realizou, de 05 a 09 de julho, a Semana Estadual da Conciliação. A iniciativa teve êxito de 85% de conciliações, em 468 audiências que atenderam mais de 1.600 pessoas nos cinco dias de atividades, numa média de 400 pessoas por dia. A coordenadora da Central de Conciliações, juíza Maria Lúcia de Fátima Barbosa Pirauá, já comemorava a produtividade alcançada mesmo antes dos levantamentos oficiais. Segundo a Central de Conciliação, apenas 83 audiências não tiveram acordo e 113 precisaram ser remarcadas por ausência de uma das partes ou de ambas.
Fátima Pirauá comentou as ausências, dizendo que era normal o números de faltosos. “Foram 237 audiências em que ambas as partes faltaram, e em 225 faltou o autor ou o réu. Mas estamos como uma média muito alta de conciliações, e as pessoas estão saindo muito satisfeitas com os acordos, tanto autores como réus”, observou a juíza, informando que a maioria dos processos são de pensão alimentícia, que tramitam nas Varas de Família.
Futuros juízes trabalham como conciliadores
Vinte e sete alunos do Curso de Formação para Magistrados, da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal), conduziram as conciliações do último dia do evento. Em pares, os futuros juízes fizeram a mediação entre as partes e se empenharam em resolver o problema de cada família.
Segundo Fátima Pirauá, a atuação deles foi de suma importância para ambos, tanto para o evento e a população atendida, quanto para os próprios futuros magistrados. “Eles viram na prática como será o seu dia a dia de trabalho, e se sentiram úteis por desde já poderem contribuir, ajudando a dar uma solução aos problemas dessas pessoas que aqui atendemos”, disse.
Conciliação devolve diálogo às famílias
Proporcionar o diálogo e o entendimento entre as pessoas de uma família desfeita por desavenças é também o objetivo da ação de conciliação. Segundo Fátima Pirauá, a realização do TJ/AL revela responsabilidade social, marco da gestão da desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento como presidente da Corte alagoana.
“Além de solucionar problemas de pensão alimentícia, a conciliação aproxima as pessoas envolvidas em cada processo, proporcionando a oportunidade para que elas possam dialogar. Ao fim de cada audiência, as pessoas reconhecem suas responsabilidades. É o início de uma conscientização para a importância de ouvir o outro, de cuidar dos filhos”, comentou.
Para a magistrada, é também uma função da Justiça promover essa experiência entre as pessoas de uma família em desentendimento.