Eterno caso de amor do time de Parque Antártica, apesar da turma do amendoim, o técnico Luiz Felipe Scolari negocia com a diretoria do Palmeiras. O treinador pentacampeão do mundo com a Seleção Brasileira em 2002 e que, há duas semanas, deixou o Bunyodkor, do Usbequistão, é a primeira opção para substituir Antônio Carlos Zago, demitido no ínicio dessa semana.
A princípio, a idéia de repatriar Felipão estava acertado para 2011. Por conta desse fator, o principal desafio da diretoria é tentar antecipar a negociação. Os valores do salário de Scolari, primeira barreira a ser vencida, deixou o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo animado. Nas sondagens, Felipão mostrou que está consciente de que não conseguirá valores parecidos com os 8,5 milhões anuais (R$ 20 milhões) que recebia no time usbeque – um dos três maiores contratos de técnicos do mundo. Além disso, a diretoria alviverde conta com o apoio da Traffic para bancar parte do acordo.
Mas, para infelicidade dos palmeirenses, dinheiro, não é a única dificuldade para o retorno do treinador. Scolari acertou contrato com uma TV sul-africana para trabalhar como comentarista durante a Copa. Por isso, só poderia se apresentar no Palestra Itália após 11 de julho, data da final. “Dependendo do treinador, podemos esperar até depois da Copa”, admitiu o vice-presidente Gilberto Cipullo. Esse detalhe, no entanto, muda completamente o planejamento palmeirense, uma vez que a ideia era aproveitar a paralisação do Campeonato Brasileiro para fazer uma intertemporada. E contava-se com a presença do novo treinador.
A princípio, estuda-se a possibilidade de contratar um interino para ocupar a vaga durante o Mundial. Sempre, claro, com a supervisão de Felipão. Flávio Teixeira, o Murtosa, amigo e auxiliar de Felipão, é uma das hipóteses analisadas, ao lado de Jorginho. “O Palmeiras quer um treinador de pulso, experiente e que honre a história do clube”, afirmou Seraphim Del Grande, diretor de futebol.
Neste momento, os dirigentes do Palestra, fecharam questão em Felipão, profissional que marcou história no clube ao comandar o time na campanha de seu único título da Libertadores, em 1999.