
Os policiais militares que atuam no enfrentamento a criminalidade em Alagoas estão cansados e insatisfeitos com a falta de compromisso do Governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) com a categoria.
Devido ao descaso com a Polícia Militar, os subtenentes e sargentos de Alagoas não descartam a possibilidade de uma nova mobilização em fevereiro para cobrar do Governo uma resposta relativa à implantação de hora extra, promoções dos sargentos, resíduo de 7%, jornada de trabalho de 40 horas/semanais, qualificação profissional e estrutura de trabalho.
Há dois meses, o chefe do Executivo se comprometeu – em reunião com os representantes do Movimento Unificado dos Militares de Alagoas – em anunciar no prazo de quinze dias um posicionamento oficial sobre as reivindicações, mas até o momento a promessa não foi cumprida.
“Hoje, a tropa está desgastadas, especialmente BPE, BOPE, BPTran, 1º BPM, 8º BPM e 3º BPM, com escalas desumanas. O Governo não valoriza e nem incentiva moralmente os policiais. Relacionado as promoções dos 69 sargentos, prefere adiar algo que já está previsto em lei. Dizem que esbarra na Lei de Responsabilidade Fiscal, mas a maioria dos militares já recebe como estivesse promovido, o que falta apenas é ser legitimado. Conforme o tempo passa vai gerando gastos ao Estado, já que, o pagamento é retroativo”, afirmou o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), sargento Teobaldo de Almeida.
O militar disse ainda que o comandante-geral da PM, coronel Dalmo Sena garantiu em reunião realizada em novembro do ano passado que as promoções seriam concedidas. “Por lei, a promoção dos sargentos é aplicada pelo Comando e a promoção dos oficiais feita pelo governador. Porém, o coronel joga para o Governador a responsabilidade, que também não se manifesta sobre o assunto. E a tropa fica entre o jogo de interesses. Esperamos que pelo menos o canal de negociação seja aberto”, disse.