Recém-nascida foi batizada pelo corpo médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e pelos familiares com o nome de ?Maria Vitória?
As Unidades de Pronto Atendimento (UPA-24h) tem como objetivo ser intermediária, uma espécie de porta de entrada entre os grandes hospitais de urgência do Brasil. É o que explica a diretora Administrativa da UPA de Penedo, Daisy Santos. As unidades também não estão habilitadas a fazer parto. Mas, como o propósito é salvar vidas, a Unidade de Penedo realizou pela primeira vez, desde a sua abertura, um parto.
Tudo começou nesta manhã de segunda-feira (06), no povoado Borges, zona rural de Porto Real do Colégio, quando Rafaela Borges de Paula, 20 anos, começou a sentir as dores do parto. O jovem teve que ser transferida com o apoio de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para o hospital de referência em obstetrícia da região, que é a Santa Casa de Penedo. Mas, ao chegar à unidade hospitalar, por volta das 14hrs, uma surpresa, o médico obstetra plantonista, por problemas familiares, faltou.
A jovem foi encaminha para a Unidade de Pronto Atendimento de Penedo (UPA). Ao chegar, a diretora Administrativa, Daisy Santos, entrou em contato com hospitais de Arapiraca e conseguiu um leito. Porém, quando a jovem estava prestes a ser novamente transferida, veio ao mundo na própria Unidade de Penedo, ‘Maria Vitória’.
“Uma Unidade de Pronto Atendimento não possui suporte para fazer parto, nem muito menos, casos mais complexos. Quando a jovem, já encaminhada pela Santa Casa de Penedo, deu entrada, ligamos para a central do Samu, que fica em Arapiraca, pedindo apoio. Todos nós começamos a ligar para hospitais de Arapiraca para tentar conseguir um leito, quando já estava tudo certo para Rafaela Borges de Paula ser novamente encaminha, ‘Maria Vitória’ não quis mais esperar, e veio ao mundo uma menina linda”, contou emocionada a diretora, agradecendo a Deus por tudo ter acabado bem.
Em meio à emoção do corpo médico, a unidade que pela primeira vez realizou um porto, batizou a recém-nascida, junto com os seus familiares, depois de idas e vindas, em homenagem ao mês de Maria e, claro, por ser uma vitoriosa, com o nome de ‘Maria Vitória’.
Por motivo de família, plantonista teve que faltar
Em contato com a diretor do Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Penedo, nos foi dito que o médico obstetra que estaria de plantão hoje, teve que faltar. “Infelizmente não podemos prever o inesperado. O médico que estaria de plantão hoje, teve que se ausentar por causa da sua filha. A menina precisou realizar um procedimento de urgência. Tentamos cobrir o plantão dele com outro obstetra, mas, nenhum dos médicos que trabalham no complexo, estava disponível”, explicou Geraldo Fonseca.
Ainda segundo o próprio diretor, esse seria o segundo caso registrado nesta segunda-feira (06). “Ainda pela manhã outra gestante esteve na Santa Casa e a enviamos para Maceió. Esse caso inesperado é a primeira que é registrado na Santa Casa. Sempre conseguimos colocar outro plantonista no lugar. Mas, desta vez nenhum estava disponível. O que podemos fazer é disponibilizar uma ambulância para ajudar na transferência”, concluiu o diretor do Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Penedo.
