O Seleção do Chile deu um passo gigantesco para a clssificação às oitavas de finais da Copa da África do Sul, ao suplantar o terrível “ferrolho suíco” e vencer pelo placar mínimo a equipe da “terra dos relógios”.
O gol de González, na partida disputada em Porto Elizabeth, nesta segunda-feira, deu a liderança isolada do grupo H aos chilenos. Pelo lado dos suíços, ficou o mérito por superarem a Itália (1982/1986) e se tornarem a melhor defesa da história das Copas. Na verdade, aquela que passou mais tempo sem tomar gols.
O JOGO
O início da partida apresentou a disposição tática esperada pela maioria que assistiu à estreia das duas equipes. Um Chile atacando, tentando sair com toques rápidos, principalmente com Sánchez e Matías Fernández, diante de um sistema defensivo suíço firme e consistente. A eficiência da Suíça na marcação fazia com que os baixinhos chilenos tentassem bolas alçadas na área, evidentemente sem sucesso entre os grandalhões europeus.
Aos dez minutos, as duas primeiras chances chilenas em que o goleiro suíço Benaglio saiu-se bem. Primeiro em chute de Vidal e, depois, defendendo boa conclusão de Carmona. Nesse momento, a Suíça adiantou o posicionamento, marcando a saída chilena e passou a ter mais posse de bola no meio-campo.
Os europeus começaram a ameaçar mais, especialmente com cruzamentos para a área chilena. A queda de rendimento do Chile ficou evidente em uma bola mal recuada por Isla que Nkufo por pouco não aproveita.
Quando a Suíça estava melhor na partida, Behrami acabou sendo expulso infantilmente, prejudicando totalmente a sua equipe. Em vantagem numérica, os chilenos ganharam confiança, adiantaram o posicionamento e passaram a pressionar a Suíça, que se viu obrigada a recuar.
Perto dos 40 minutos, Sánchez teve a melhor oportunidade do primeiro tempo. O atacante chileno dominou na entrada da pequena área e chutou para defesa de Benaglio.
Sem Frei, seu principal atacante, substituído por Barnetta para recompor o meio-campo ainda no final do primeiro, a Suíça voltou para a etapa final determinada a não sofrer gol. Logo aos três minutos, Sánchez aproveitou um rebote na entrada da área e chutou ao gol. A bola foi desviada, enganando o goleiro suíço, mas o assistente anulou o gol, marcando impedimento.
Sánchez, o mais perigoso no ataque chileno, ainda perdeu um gol frente a frente com Benaglio antes de a Suíça completar, aos 11 minutos, nove anos sem sofrer gols em Copas do Mundo e, aos 22, se tornar a melhor defesa da história das Copas, superando a Itália de 1982/86.
Bastou o recorde para, finalmente, o Chile chegar ao gol. Valdívia lançou Paredes, em posição duvidosa, que driblou o goleiro e cruzou para Gonzalez marcar de cabeça. Chile 1 x 0. Méritos para a insistência chilena e também para a defesa suíça, a melhor de todas.
FICHA TÉCNICA
CHILE 1 x 0 SUÍÇA
Estádio: Porto Elizabeth, Nelson Mandela Bay (AFS)
Data/hora: 20/6/2010 – 11h (de Brasília)
Árbitro: Khalil AL GHAMDI (KSA)
Auxiliares: Saleh Al Marzouqi (EAU) e Hassan Kamranifar (IRA)
Cartões amarelos: Suazo, Ponce, Matías Fernández, Medel e Carmona (CHI); Nkufo, Barnetta e Inler (SUI)
Cartões vermelhos: Behrami (30’/1ºT)
Gol: Gonzalez, 29’/2ºT (1-0)
CHILE: Cravo; Isla, Medel, Ponce e Jara; Carmona, Vidal (Gonzalez, intervalo), Matías Fernández (19’/2ºT – Paredes) e Sánchez; Beausejour e Suazo (Valdívia, intervalo). Técnico: Marcelo Bielsa.
SUÍÇA: Benaglio; Lichtsteiner, Von Bergen, Grichting e Ziegler; Huggel; Inler, Gelson Fernandes (31’/2ºT – Bunjaku) e Behrami; Frei (41’/1ºT – Barnetta) e Nkufo (22’/2ºT – Derdyiok). Técnico: Ottmar Hitzfeld.