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Alagoas

Segurança do paciente é o novo diferencial entre hospitais

Segundo a médica Maria Tereza Freitas, o índice de infecção nas UTI?s ficou em torno de 3,8% em 2014

Até os anos 1990 o que diferenciava os hospitais era o investimento em tecnologia, modernas instalações e em novos tratamentos e exames. Hoje, esse diferencial chama-se: segurança do paciente.

Neste sentido, um dos resultados mais notáveis alcançados pela Santa Casa de Maceió foi a redução na taxa de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde em Unidade de Terapia Intensiva.

Segundo a médica Maria Tereza Freitas Tenório, gerente de Riscos e Práticas Assistenciais, o índice de infecção nas Unidades de Terapia Intensiva ficou em torno de 3,8% em 2014, bem abaixo da média de 9,7% auferida pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) em 2013 entre seus mais de 70 associados. A Anahp ainda não disponibilizou os dados de 2014.

No Brasil, a última estatística do Ministério da Saúde revelou em 1994 uma taxa de infecção de 13,1% entre 99 hospitais brasileiros. Nos Estados Unidos, estima-se uma média de 5% a 15% dos pacientes internados acometidos por estas infecções.

Ao investir na redução das taxas de infecção, a Santa Casa de Maceió busca proteger seus pacientes de estatísticas como a da Associação Nacional de Biossegurança (Anbio), que estima 100 mil óbitos anuais no Brasil por este evento adverso.

Uma das iniciativas focadas na segurança do paciente é a campanha “Operação Mãos Limpas”, cuja 10ª edição foi lançada nesta sexta (15) no centro de estudos da Santa Casa.
Além dos profissionais que atuam diretamente na linha de cuidado com o paciente, o encontro contou ainda com a presença de acompanhantes. “Todos que lidam com o paciente, profissionais e acompanhantes, precisam higienizar as mãos para garantir a segurança do paciente”, lembrou Tereza Tenório.

Conquista

O processo de redução nos diversos índices de infecção relacionada à assistência não foi fácil. De acordo com a gerente de Riscos, o trabalho teve início em 1989 com a criação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.

Após uma série de investimentos realizados pela instituição ao longo desse período, motivados também pela certificação junto à Organização Nacional de Acreditação, a Santa Casa de Maceió implantou protocolos, procedimentos operacionais padrão e campanhas internas visando reduzir o risco de infecções associadas à assistência.

Neste sentido, no dia 15 de maio, dia nacional dedicado ao controle da infecção hospitalar, a Santa Casa de Maceió apresenta alguns resultados desse esforço focado na segurança do paciente. Vale lembrar que o termo “infecção hospitalar” vem sendo substituído por infecções relacionadas à assistência a saúde, já que as infecções podem ocorrer antes, durante ou após a internação do paciente e ser multifatorial, ou seja, ter origem em fatores não associados ao atendimento hospitalar.