Promover a alimentação saudável, com sistemas alimentares sustentáveis, para alcançar a justiça climática e reduzir a desigualdade social são os objetivos das discussões que começaram hoje (17), no 8º Fórum Global do Pacto de Política Alimentar Urbana de Milão.
O evento reúne mais de 500 delegados, prefeitos e representantes de 162 cidades do mundo, como Paris, Copenhagen, Chicago e Washington, até quarta-feira (19), na Cidade das Artes, zona oeste do Rio de Janeiro.
Entre os temas tratados estão o desperdício de alimentos, resiliência e justiça climática nas cidades, alimentação escolar fomentando a diversidade local e sustentável, alfabetização alimentar como forma de resgate histórico e cultural, políticas alimentares pós-pandemia e agricultura urbana, com troca de experiências.
Na mesa de abertura, a vice-prefeita de Milão, Anna Scavuzzo, destacou que o desafio de evitar desastres climáticos revendo os processos alimentares deve ser enfrentado em conjunto, por toda a humanidade, para promover inclusão social.
“As cidades podem, ou devem, procurar a justiça climática. É isso que nós queremos e o que devemos buscar juntos. Nosso compromisso é aprender uns com os outros. Cada cidade que trabalha por esse objetivo pode providenciar meios para superarmos nosso desafio. Estamos vivendo crises sem precedentes e o Pacto de Milão é uma forma de apoiar os esforços”.
O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz Valber Frutuoso ressaltou a importância de restaurar os sistemas alimentares sustentáveis, como ferramenta para evitar uma catástrofe climática.
“Entender os sistemas alimentares sustentáveis deve ser feito através da promoção, em conjunto, de políticas para o meio ambiente, políticas de saúde, políticas de transporte, deslocamento e mobilidade, e também de energia. Dada a diversidade de cada território, esses esforços exigirão que as instituições sejam fortes tanto no nível local, nacional e global, de modo que as cidades e os seus cidadãos possam promover mudanças sistêmicas no sistema alimentar urbano”.