A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte entende que os baixos indicadores apresentados terça-feira (7) pelo Programa Internacional de Avaliação e Alunos (Pisa) serão revertidos com o Programa Geração Saber. Adotado há dois anos, o programa passou a trabalhar, de fato, pela primeira vez na história da educação pública de Alagoas, com uma política educacional de forma sistêmica e atuante não somente na rede estadual [que detém apenas 25% da matrícula na rede pública], mas também com as redes municipais [responsáveis por 75% da matrícula em todo o Estado].
Os técnicos da Secretaria, reunidos com o secretário da Educação Rogério Teófilo, enfatizaram as medidas que ora estão sendo efetivadas para garantir a reversão dos atuais indicadores, a exemplo de um único referencial curricular [já institucionalizado], das novas estruturas [tanto organizacional quanto de equipamentos], da recuperação e redimensionamento da rede física, da correção de fluxo dos alunos [distorção idade-série] e, sobretudo, da qualificação de professores por meio de capacitações e formações continuadas.
“Entre outras ações que já estão acontecendo, como as formações, há, ainda, a adoção de um programa de avaliação permanente de desempenho entre todos que fazem a educação [a ser implantado em 2011]. O objetivo é garantir que o professor seja estimulado a ensinar bem e que o aluno se interesse por estudar, acabando com a evasão escolar”, pontuou o secretário Rogério Teófilo.
Outra ação inovadora nas redes e preconizada pelo Geração Saber é o regime de colaboração do Estado com os municípios, iniciado de forma bem-sucedida com Maceió, que trabalha, no segundo ano consecutivo, com a unificação da matrícula, oportunidade em que Estado e município dispõem dos meios para ofertar educação de qualidade a partir da garantia do acesso, da cessão de professores, pessoal de apoio e do transporte escolar.
De acordo com a superintendente de Políticas Educacionais, Maria do Carmo Melo, o Estado conviveu, nas últimas décadas, com baixos indicadores em praticamente todos os itens educacionais. “No curso da construção do Geração Saber, ano passado, discutíamos as possibilidades de nos deparar com situações como essa, resultante de equívocos de gestões anteriores, como a falta de planejamento. Não medimos esforços para elaborar, juntamente com os técnicos e consultores do Ministério da Educação (MEC) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), novas práticas para reverter essa realidade a partir de três pilares na educação básica: o acesso, a permanência e a qualidade do ensino ao estudante da escola pública”, acrescentou.
“Hoje temos uma política de estado e não de governo no trabalho sistemático para reverter esse e os demais indicadores educacionais. Apostamos em um prazo de dois anos para que o resultados das soluções apontadas pelo Geração Saber apareçam de forma positiva, motivando ainda mais os que trabalham na educação”, assinalou a superintendente de Gestão da Rede Estadual, Marta Palmeira.
O Programa Geração Saber de Alagoas é, hoje, referência para o MEC e está sendo adotado na prefeitura de Maceió, por meio do regime de colaboração preconizado pelo mesmo programa. “Entendemos que, ao garantirmos as condições necessárias a uma boa gestão escolar, certamente estamos construindo uma nova realidade para os alunos, o foco desse programa”, afirmou a superintendente de Políticas Educacionais, Ângela Costa.