Elisabeth Carvalho levará Justiça Itinerante aos municípios onde os fóruns foram atingidos pelas enchentes
As sedes do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) situadas nos municípios de Quebrangulo, Paulo Jacinto e Rio Largo foram as mais atingidas pelas enchentes ocorridas em junho. Os maiores danos foram registrados em Quebrangulo, cidade natal do escritor Graciliano Ramos. Além da perda total de equipamentos eletrônicos, móveis e da rede lógica e telefônica, centenas de processos foram levados pela enxurrada e outras centenas encontram-se danificados.
Um ato normativo publicado nesta terça-feira, 06, no Diário da Justiça Eletrônico, determinou a suspensão dos prazos processuais na comarca de Quebrangulo até o dia 23 de julho. Cerca de R$ 100 mil devem ser gastos com a reforma do prédio do fórum daquele município, estimativa que inclui a compra de móveis, equipamentos de informática e instalação de novas redes de internet e telefone.
Paulo Jacinto e Rio Largo
Já no município de Paulo Jacinto, os muros do imóvel onde funciona o fórum da comarca foram destruídos durante as cheias, mas felizmente poucos processos foram danificados. Em Rio Largo, apenas a estrutura do telhado do prédio do fórum foi danificada. O levantamento dos prejuízos foi apresentado para a presidente do TJ-AL, a desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento, segundo a assessoria de imprensa da instituição.
A desembargadora reuniu com arquitetos e engenheiros do Poder Judiciário para definir estratégias de recuperação das unidades atingidas e das centenas de processos danificados. Uma profissional especializada em restauração de arquivos foi contratada para atuar nos trabalhos que se concentram no 6º andar do prédio-sede do Judiciário alagoano, onde os processos se encontram.
Restaurar cidadania
“Minha maior preocupação neste momento é restaurar a cidadania desses alagoanos que perderam tudo, principalmente seus documentos. Por isso estaremos levando o nosso Projeto Justiça Itinerante a esses municípios, onde haverá emissão gratuita de documentos para que todos possam participar dos projetos sociais que serão ofertados posteriormente”, explicou a presidente do TJ/AL.
Elisabeth Carvalho ainda destacou que a medida é apenas do Poder Judiciário, sem vinculação política com candidatos a cargos eletivos ou detentores de mandato. “Quero deixar bem claro que o Projeto Justiça Itinerante é uma iniciativa do Poder Judiciário alagoano, sem participação de nenhum político ou candidato. E quero lembrar também que aqueles que tentarem enganar a Justiça, na tentativa de obter documentos com informações falsas, responderão judicialmente por seus crimes”, finalizou a desembargadora-presidente.
