Celebrar e debater sobre as manifestações populares de Sergipe. Este é o objeto do Simpósio do XXXIX Encontro Cultural de Laranjeiras, aberto na noite da ultima quarta-feira, 08, no Auditório do Campus da Universidade Federal de Sergipe, localizado naquele município.
Sob o tema 'Cultura popular: Preservação e Sustentabilidade', o Simpósio teve na sua cerimônia de abertura, um auditório lotado de brincantes, pesquisadores, e autoridades políticas do Estado, que compuseram a mesa e representaram pessoas e instituições que participam da cultura nas suas mais variadas vertentes.
Coordenando a mesa, a secretária de Estado da Cultura, Eloisa Galdino, fez um discurso emocionado, e falou da importância do Simpósio e do Encontro Cultural para a preservação da cultura popular sergipana. A gestora lembrou ainda da valorização à sergipanidade que era defendida pelo Governador Marcelo Déda e que foi buscada incessantemente durante a sua gestão estadual.
“Precisamos ter a clareza que governos passam, mas políticas de Estado devem ficar. E é isso que fizemos ao longo desses oito anos do governo Marcelo Déda e agora com Jackson Barreto: elaborar e promover políticas públicas de Estado para discutir, defender e preservar a nossa cultura popular e nossa sergipanidade. E no Simpósio deste ano, com o tema ‘Preservação e Sustentabilidade, reforçamos isso, e lembramos desse legado deixado pelo nosso saudoso Governador”, discursou a secretária.
O prefeito da cidade, José de Araújo, esteve presente na solenidade e falou do seu interesse em manter a parceria com o Governo do Estado para a continuidade do Simpósio, bem como da importância do Encontro Cultural para seu município. “Laranjeiras se faz uma cidade rica não pelo seu potencial industrial, mas sim pelas suas manifestações culturais. Por isso, defendemos uma política de defesa das nossas riquezas culturais material e imaterial, e em mais uma edição deste Encontro, que está próximo de completar quatro décadas, nós apenas reforçamos isso”, afirmou.
Também presente na mesa, o reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Angelo Antoniolli, destacou em sua fala a inserção marcante e fundamental do Campus de Artes da UFS em Laranjeiras. “Isso foi fundamental para que a universidade se aproximasse ainda mais da cultura sergipana. Nosso objetivo é construir uma relação ainda mais próxima, realizando ainda mais ações culturais com a presença da Universidade”, disse.
Representando os brincantes sergipanos, estava na mesa o mestre da Chegança e dos Lambe-sujos, Zé Rolinha, que também deu sua contribuição e suas boas vindas a mais uma edição do Simpósio. “É sempre uma honra representar os mestres aqui, afinal, viver da cultura popular é uma luta constante, mas que enfrentamos com muito amor e orgulho”, enfatizou.
Palestra de abertura
Dando continuidade ao evento, foi realizada uma belíssima homenagem ao pesquisador Roberto Emerson Câmara Benjamim, presidente da Câmara Pernambucana de Folclore e participante ativo do Encontro Cultural de Laranjeiras. Com palavras de Severino Vicente, Presidente da Comissão Nacional de Folclore; Lélia Nunes, da Academia Cearense de Letras; José Fernando de Souza, membro da Comissão Pernambucana de Folclore; e Aglaé Fontes, representando o Conselho Estadual de Cultura, os amigos de Roberto Emerson, emocionaram-se a falar do homenageado.
Logo depois foi a vez da Coordenadora Geral de Documentação e Registro do IPHAN, Mônia Silvestrin, iniciar sua palestra sobre Preservação e Sustentabilidade, um dos pontos mais aguardados da noite. “Não sou especialista nessa área, mas quis, acima de tudo, dividir conceitos e experiências com os presentes, lembrando-os da importância da preservação para que a cultura popular não seja extinta”, assinalou, falado ainda da sua alegria em fazer parte da abertura do Simpósio.
Realização
O Simpósio do 39º Encontro Cultural de Laranjeiras é uma realização do Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em parceria com a Prefeitura Municipal de Laranjeiras, Instituto Banese e UFS. Apóiam o evento o Instituto de Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (IPHAN/SE), a Segrase, Fapitec e Edise.
