Secretário reforça que a situação é nova para todos
O secretário municipal de Saúde em exercício, Antônio de Pádua Cavalcante, participou de reunião extraordinária convocada pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) para discutir os avanços dos casos de dengue, zika, chikungunya e microcefalia em Alagoas. O encontro, realizado na manhã de quinta-feira (3) no auditório do Conselho Regional de Medicina, contou com a presença da promotora Micheline Tenório, da secretária estadual de Saúde, Rozangela Wyrzomirska, e de secretários de saúde dos municípios do interior alagoano.
A relação entre as ocorrências de microcefalia e o zika vírus foram confirmadas pelo Ministério da Saúde no final do mês de novembro e para conter o aumento dos casos suspeitos a estratégia adotada pelos gestores é intensificar o combate ao vetor, o mosquito Aedes aegypti, além de aumentar o cuidado com a gestante e o recém-nascido.
O secretário Antônio de Pádua Cavalcante reforça que a situação é nova para todos os gestores e que a colaboração da população é decisiva, adotando todas as medidas para evitar a criação de novos focos do mosquito. “Nenhum gestor sozinho é capaz de mudar essa situação. Precisamos da união de todos. Evitar o acúmulo de água e lixo e adotar medidas como uso de repelentes e na hora do sono, não esquecer do mosquiteiro são práticas simples que ajudam também”.
A promotora Micheline Tenório destacou as dificuldades enfrentadas pelos municípios com o subfinanciamento do SUS e o risco que corre o Estado por estar próximo a estados como Pernambuco e Sergipe, que registram um grande número de casos. “Essa situação irá gerar consequências graves para o Sistema de Saúde e a Previdência. Estamos enfrentando uma crise, por isso, é preciso mobilizar todas as instâncias e o Ministério Público de Alagoas está à disposição para que seja feito o melhor possível para a sociedade”, destacou.
Casos confirmados
No período de janeiro até 30 de novembro de 2015, foram confirmados 14.518 casos de dengue em Alagoas. Já em relação à febre chikungunya são 49 casos, registrados em Arapiraca, Batalha, Maceió e Major Isidoro. Os casos confirmados de zika vírus somam 32 amostras de pacientes, vindos de 12 municípios.
Em Alagoas, foram registrados 70 casos suspeitos de microcefalia, sendo 64 casos em recém-nascidos e seis casos intrauterinos, em 31 municípios alagoanos. Com os três casos notificados antes de o MS decretar situação de emergência nacional, ao todo, foram registrados 73 casos de microcefalia em 2015.
Entre os estados do Nordeste com casos suspeitos de microcefalia, Alagoas ocupa a quarta posição, com 73 casos suspeitos, de acordo com os dados do Ministério da Saúde. Pernambuco lidera o número, com 646 casos suspeitos, seguido de Paraíba (248) e Sergipe (77).
