O secretário Ricardo Balestreri reafirmou o apoio do governo federal às ações de segurança em Alagoas
O secretário nacional de Segurança Pública (Senasp), Ricardo Balestreri, elogiou nesta sexta-feira (12) o governo do Estado pela coragem em expor e discutir o enfrentamento dos problemas relacionados à segurança pública. “O governador Teotonio Vilela não teme a transparência e entende que segurança não se faz de forma provinciana, mas com parcerias. Estamos em Alagoas para atuarmos de maneira solidária com a
Polícia Civil. Não queremos substituir a força local, mas colaborar com os policiais de Alagoas”, explicou.
Balestreri afirmou que pode solicitar mais cinco delegados e cinco agentes para somar à equipe que está em Alagoas a pedido do Executivo Estadual. De acordo com o secretário nacional, pelo menos quatro mil inquéritos estão acumulados nas delegacias do Estado e a presença da Força Nacional se propõe a investigar as causas e dar celeridade à resolução destes processos, inclusive aos que se referem ao assassinato de moradores de rua.
“Esta realidade é de todo o Brasil, o que tem levado os policiais civis a deixarem a missão investigativa para serem jogados na burocracia cartorial das delegacias”, destacou o secretário nacional.
Com relação ao suposto envolvimento de policiais civis no assassinato de moradores de rua, o titular da Senasp admitiu a possibilidade e garantiu que o órgão será rigoroso na punição dos policiais que porventura estejam denegrindo a imagem da polícia de Alagoas.
Segundo ele, o problema é extensivo a outros Estados da federação e na maioria dos casos, sempre há o envolvimento de policiais. “Toda profissão de poder atrai psicopatas e a de policial é a maior delas, pois decide quem vive e quem morre. Estamos no Estado para somar esforços e vamos agir de forma extremamente enérgica e punitiva”, disse o secretário.
Balestreri afirmou que Alagoas dá exemplo para o Brasil, quando sofre por um problema que também afeta outros Estados e solicita ajuda do governo federal. “Alagoas demonstra ousadia cívica ao pedir apoio ao governo federal que, mesmo sendo de corrente partidária diferente, age com unidade em favor do interesse da coletividade”, reforçou Ricardo Balestreri, acrescentando que o trabalho da Força Nacional em Alagoas ganhou repercussão nacional e internacional. “Vamos mostrar ao mundo que o Brasil tem problemas de segurança pública, mas que pode solucioná-los com prontidão e seriedade”, afirmou.
Policiais estaduais serão preparados para combate ao tráfico
Questionado sobre o combate ao tráfico de drogas, o secretário nacional garantiu que o assunto tem sido prioridade da pasta, que está investindo R$ 5,6 milhões na especialização de policiais estaduais. Eles atuarão nos 11 estados considerados de fronteiras secas. “A meta é envolver os policiais estaduais nas fronteiras para evitar que as drogas cheguem às capitais litorâneas. Com isso, devemos reduzir nos próximos três anos o ingresso de armas e drogas no país”, disse Balestreri, adiantando que um contingente de 900 policiais civis e militares já foram capacitados para este fim.
O secretário de Estado da Defesa Social, Paulo Rubim, afirmou que Alagoas está em sintonia com o governo federal quando o assunto é segurança pública. “Não temos qualquer problema em aprender com o governo federal, a exemplo de fazer projetos. Diferente do passado, hoje nossos recursos são aplicados e não voltam mais”, disse Rubim, em referência ao período em que os recursos eram devolvidos porque os projetos eram mal elaborados ou a burocracia impedia que fossem executados no tempo determinado.
O secretário municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania, Pedro Montenegro, também participou da coletiva de imprensa no Maceió Mar Hotel.