O secretário Herbert Motta afirmou que o Governo atua para expandir a oferta de emprego em todos os setores
O secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Qualificação Profissional, Herbert Motta, destacou o crescimento do nível de emprego formal em Alagoas na segunda-feira (17), durante a oficina de trabalho direcionada aos portadores de deficiência física, um dos nove eixos do Programa Qualifica Alagoas. O evento foi realizado no Palácio República dos Palmares, com a participação de 17 instituições ligadas ao segmento.
Motta afirmou que o Governo de Alagoas está determinado a definir as diretrizes para o crescimento dos postos de trabalho em todos os setores da economia alagoana, ouvindo todos os segmentos, a exemplo da oficina da segunda-feira (17).
“Estamos contentes porque o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou que Alagoas criou vinte e seis mil novas vagas – a melhor performance do Estado desde 2004”, ressaltou Motta.
“Em função também desses números, nosso objetivo é definir a política estadual de inclusão social, cujo pontapé foi dado há 15 dias. Para isso, estamos ouvindo as carências também do segmento dos portadores de deficiência”, completou o secretário.
Empregabilidade
De acordo com a diretora do Sistema Nacional do Emprego (Sine-AL), Nadja Beirute, somente do período de junho a setembro deste ano, foram inseridas 26 pessoas com algum tipo de deficiência no mercado de trabalho.
“O setor do varejo e comércio são os maiores empregadores neste segmento”, disse Nadja.
A diretora informou que o Sine tem hoje 40 instituições cadstradas que trabalham diretamente com os deficientes físicos. “Desde o lançamento do Qualifica Alagoas, em agosto, já foram cadastrados mais de 800 jovens de 18 a 35 anos”, informou ainda a superintendente de Qualificação Profissional da Secretaria, Stela Albuquerque.
O programa Qualifica Alagoas está com cursos de camareira, eletricista, instalador predial, eletromecânica, frentista, garçom, mecânica industrial, mecânica de bombas, pedreiro, porteiro de condomínio e segurança no trabalho, recepcionista em meios de hospedagem, técnicas de vendas com repositor estoquista, torneiro mecânico e transformação de polímeros.
Nesta primeira etapa, foram cadastradas 805 pessoas, com as vagas distribuídas mediante a busca ativa nos bairros do Vergel do Lago, Clima Bom e Jacintinho, além do conjunto Selma Bandeira, no Benedito Bentes, onde foram implantadas bases de Polícia Comunitária em Maceió, com a oferta de 50 para cada localidade. O mesmo critério foi utilizado para as unidades do sistema prisional.
O programa também contemplará trabalhadores sem ocupação cadastrados no Sine, populações tradicionais étnicas, como os quilombolas, trabalhadores em ocupações tradicionais (pescadores, artesãos, marisqueiras), mulheres e jovens em situação de vulnerabilidade, dependentes químicos e portadores de deficiência.
Foram selecionadas para a execução do programa o instituto Pestalozzi, Instituto Pró-Cidadania de Recife/PE, Senai, Instituto Pró-Graça e Cooperativa de Assistência Técnica e Serviços (Cooates) de Barreiros/PE.
Oportunidades
Durante a oficina, houve ainda a palestra da psicóloga Silvana Paula Ancântara, que abordou o tema “A Deficiência hoje e as oportunidades de inclusão social – o trabalhador e o mercado de trabalho”. Ela destacou a importância da educação doméstica para a prevenção de atitudes preconceituosas, destacando a diversidade do Brasil. “É preciso trabalhar a questão da autoestima sempre. Ter limites não significa não ter capacidade. Em função disso, é preciso estimular as crianças para que não cresçam complexadas”,
A psicóloga afirmou que o Brasil é o país da diversidade, mas ressaltou a necessidade de qualificação para competir pelas oportunidades. “É bom que sejamos assim, um país de negros, brancos, mulatos, diverso. E os deficientes precisam também entender que é necessário se qualificar para ocupar as oportunidades que surgem”, completou.
