Mesmo com registros relacionados à febre amarela em alguns estados brasileiros, o governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), reafirma a inexistência de casos da doença no território sergipano. Além disso, esclarece que a morte de primatas não humanos nem sempre está associada à existência desses registros, mas, caso ocorra em grande número, serve de alerta para que os órgãos competentes investiguem os registros da doença em cada localidade.
Além de prejudicar a identificação das possíveis áreas de presença do vírus – o que facilita o planejamento e ações dos órgãos públicos para imunização da população-, matar ou agredir macacos, ou qualquer outro animal, é crime. O ato ilícito está previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (9605/98). A pena prevista é de três meses a um ano de prisão, além do pagamento de uma multa. Em caso de morte do animal, a punição é aumentada de 1/6 a 1/3.
Segundo a gerente do Núcleo de Endemias da SES, Sidney Sá, o macaco é vítima da febre amarela, assim como o indivíduo que contraiu o vírus da doença, sendo que o principal transmissor desse vírus, em áreas silvestres, é o mosquito do gênero Haemagogus. Na área urbana, o principal transmissor é o do gênero Aedes, ou seja, tanto o Aedes aegypti, quanto o Aedes albopictus.
“O primata não é transmissor dessa arbovirose. Ele é um hospedeiro desse vírus. Quem transmite a doença para o ser humano ou para o macaco é o próprio mosquito, considerando que todos os casos da doença registrados no Brasil, na atualidade, estão ligados à procedência silvestre do tal mosquito”, esclareceu Sidney Sá.
