O talento feminino foi o destaque da noite. Naqueles varais de sisal, só foram estendidas poesias escritas por mulheres. Foi a segunda edição do projeto ‘Papel no Varal – Poesia de Mulher’, promovida pela Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, em parceria com o Instituto Lumeeiro. O evento foi realizado no Maikai Choparia, nesta terça-feira (12).
“A poesia é algo que vai muito além de expressar sentimentos e sensações de autor. A poesia se multiplica nos olhares atentos de quem a ler e penetra na alma de quem a devora. Este é um lindo momento para homenagear todas as mulheres e salientar a importância de tratá-las com amor e respeito”, enfatizou a superintendente de Políticas para as Mulheres, Solange Viégas.
As cem poesias expostas foram escritas por mulheres de diversas nacionalidades. A marca do projeto é interativa: as pessoas escolhem a poesia, arrancam do varal e, de forma organizada, vão ao palco para recitar os versos. “Eu já me considero uma sócia fundadora. Venho sempre que posso e subo ao palco diversas vezes, porque gosto de poesia e acho o projeto extremamente democrático”, disse a fonoaudióloga Letícia Silveira.
Também veterana, a pesquisadora Ábia Marpin participou pela quarta vez. “Tenho uma relação muito próxima com a leitura. Eu também escrevo poesias. Recentemente, escutei de que ‘a poesia não é para ser guardada, é para ser lida em público’. Retrata bem este momento”, explica a pesquisadora, que leu ‘Fala’, de Orides Fontela.
A abertura foi marcada por um minuto de silêncio poético em homenagem póstuma ao professor universitário Paulo Décio. Neste espaço de tempo, o poeta e professor Ricardo Cabús, criador e coordenador do Papel no Varal, recitou alguns versos saudosos em tributo ao professor.
Durante os intervalos do recital poético, as mais de 200 pessoas que prestigiaram o evento desfrutaram do embalo musical da cantora Kel Monalisa, que substituiu Irina Costa por motivo de saúde. Além disso, houve sorteio de diversos livros da autora alagoana Arriete Vilela.
