Técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) investigam um possível surto de diarréia no município de Jundiá, distante 107 km de Maceió. O trabalho teve início na última segunda-feira, depois que cinco pessoas apresentaram estado diarréico e, uma delas, de 31 anos, foi internada no Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), em Maceió.
No começo, suspeitava-se que as vítimas poderiam ter contraído o vibrião colérico, mas após a realização de três exames, pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL), as suspeitas foram descartadas. Mesmo assim, os técnicos da Diretoria de Vigilância em Saúde Ambiental, órgão vinculado à Sesau, voltaram a coletar material biológico dos pacientes para averiguar se o surto diarréico foi provocado pela bactéria estafilococos, que pode ser oriunda da água ou alimentos contaminados.
Nesta quarta-feira, técnicos examinaram a Estação de Tratamento de Água da Companhia de Abastecimento de Alagoas (Casal), que atende a 49% dos domicílios, além de poços artesianos espalhados pela cidade. Isso porque, a nascente da estatal alagoana está situada próximo ao cemitério público do município e, com isso, há indícios de que a água fornecida às residências pode estar sendo contaminada.
“Como os exames já descartaram a possibilidade de contaminação pelo vibrião colérico, segundo os laudos do Lacen, estamos fazendo uma visita de campo, para coletar informações e material biológico que apresente o verdadeiro diagnóstico dos cinco casos de diarréia apresentados em Jundiá”, informou o gerente de agravos Transmissíveis por Fatores Ambientais da Sesau, Charles Nunes.
Segundo o último boletim médico divulgado pelo Hospital Escola Hélvio Auto, o paciente de 31 anos internado com diarréia se recupera bem. Ele não apresenta mais vômitos e febre, mas o estado diarréico ainda persiste, e por isso, os técnicos da Diretoria de Vigilância Ambiental da Sesau continuam a investigar o caso no município.