A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reuniu os profissionais e usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) em uma oficina para incentivar a geração de renda. A ação aconteceu nesta quarta-feira (16), no Centro de Referência Integrado de Arapiraca (CRIA), e foi voltado às 24 unidades da II Macrorregião de Saúde, que engloba os municípios do Sertão e Agreste.
Isso porque, no entendimento da Supervisão de Atenção Psicossocial da Sesau, os produtos artesanais e utensílios domésticos fabricados pelos usuários dos Caps devem atuar como uma forma de terapia e, também, ajudá-los a complementar a renda. “Promovemos essa capacitação para mostrar aos profissionais e, os próprios usuários, que os materiais que eles produzem podem ir além do tratamento, tornando-se uma fonte de renda”, destacou a terapeuta ocupacional da Sesau, Claudete Lins.
Após a exibição do filme italiano “Si Può Fare”, o professor do Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), César Candeias, falou que “os pacientes devem saber como utilizar o dinheiro que eles ganham com a venda dos produtos confeccionados nos Caps. Temos que mostrar para eles que esse dinheiro é importante para continuar a produção e também para ser uma fonte de renda para o próprio usuário”.
Exemplo
Os usuários do Caps de Limoeiro de Anadia fabricam diversas peças de artesanato, entre elas abajures feitos a partir de jornais. Com o dinheiro da venda dos objetos, os pacientes podem comprar mais matérias para continuar a produção do artesanato.
“Esses abajures são feitos por um grupo de 10 pessoas, cada um fazendo uma parte. No final, juntamos as peças e o resultado é magnífico”, disse Wanderléia da Silva, usuária do Caps de Limoeiro Anadia.
“Para mim, produzir esses objetos é muito legal, porque me distraio e fico focada, o que me ajuda no tratamento”, destacou a paciente do Caps de Limoeiro de Anadia Josefa Maria, que também ajudou na produção do objeto.
Outra experiência exitosa é no município de Piranhas, onde os usuários do Caps aprendem a utilizar desde materiais reciclados até o bordado. Por meio do projeto, eles também são capacitados para gerir o dinheiro proveniente da venda dos objetos.
“Os nossos pacientes confeccionam bolsa e carteiras feitas com caixas de leite, além de fazerem molduras e flores. Também confeccionam outros objetos artesanais, com filtros de café reciclados”, afirmou Tarciana Menezes, terapeuta ocupacional do Caps de Piranhas.