O câncer de colo de útero é o segundo mais frequente entre mulheres, logo após o câncer de mama, e faz por ano 4.800 vítimas fatais em todo o País. Atenta a essa realidade, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), realizará no período de 10 de março a 10 de abril, uma campanha de vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV).
A vacinação é destinada a meninas de 11 a 13 anos e será aplicada em todas as escolas públicas e privadas e nas unidades de saúde. Após o dia 10 de abril, a vacina estará disponível apenas nas unidades de saúde do município.
O câncer de colo de útero apresenta forte potencial de prevenção e cura quando diagnosticados precocemente, por meio de consultas e realização de exames periódicos, como o Papanicolau. A vacina é quadrivalente, pois previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18 (presentes em 70% dos casos de câncer de colo de útero) e o 6 e 11 (presentes em 90% dos casos de verrugas genitais).
Segundo a coordenadora do PNI do município, Júlia Oliveira, a vacina previne infecções dos tipos virais e consequentemente o câncer de colo de útero, reduzindo a carga da doença. “A vacina contra o HPV é indicada para pessoas que nunca tiveram contato com a doença, sendo destinada exclusivamente à utilização preventiva, não tendo efeito nas infecções pré-existentes”, afirmou.
A vacina é uma ferramenta de prevenção primária, assim ela não substitui o rastreamento do câncer, nem confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis, portanto é importante o uso do preservativo nas relações sexuais.
A doença
O HPV é um condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, e é uma doença sexualmente transmissível (DST), causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV (alguns deles podem causar câncer).
O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feito rotineiramente por todas as mulheres. Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.
A principal forma de transmissão do vírus do HPV é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do HPV, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.
A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum glande e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns do HPV surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões do HPV também podem aparecer na boca e na garganta. Na presença de qualquer sinal ou sintoma do HPV, é recomendado procurar um profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.
