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Sergipe

Secretaria da Saúde capacita enfermeiros para diagnóstico precoce da hanseníase

Com o intuito de diagnosticar precocemente e com precisão casos de hanseníase, doença infecciosa e contagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que atinge pele e nervos periféricos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou nesta última segunda-feira, 6, uma capacitação com enfermeiros dos municípios sergipanos que atuam na Atenção Básica de Saúde. Segundo Mércia Feitosa, coordenadora do Núcleo das Doenças Transmissíveis da (SES), em Sergipe, por ano, são notificados em média 300 novos casos da doença e é fundamental que a descoberta da hanseníase seja feita o mais cedo possível, evitando o agravamento da enfermidade.

“A hanseníase é um caso de saúde pública e precisamos reduzir os índices relacionados à transmissão da doença. Por isso, a secretaria está fortalecendo as capacitações com os profissionais da Atenção Primária de Saúde para que eles estejam sempre aptos a revelarem precocemente o diagnóstico da doença, que é feito clinicamente a partir da observação e relatos do paciente, evitando assim o agravamento da hanseníase”, disse.

Mércia conta que Sergipe tem registrado um aumento da taxa de detecção da doença em menores de 15 anos, o que mostra que está havendo grande circulação do bacilo da doença e alta transmissão. “Os casos da doença em menores de 15 anos vem aumentando e isso demonstra que o bacilo está circulando e que há uma fragilidade no diagnóstico e nas ações de controle da doença por parte da Atenção Básica de Saúde. Estamos fazendo este alerta e a secretaria vem realizando capacitações com os profissionais da área para a diminuição dos índices e a melhora dos diagnósticos da doença”, afirma. O Brasil é o segundo país com maior número de casos de hanseníase, aponta a Organização Mundial de Saúde (OMS).