Fábrica de beneficiamento do caju vai garantir ainda mais emprego e renda para os alagoanos
Com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Banco do Nordeste e do governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), a cidade de Olho D´Água das Flores, localizada a 197 km de Maceió, ganhará, nesta quarta-feira (1º), às 13h, a segunda fábrica de beneficiamento do caju.
A solenidade de entrega da fábrica contará com a presença do secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas, e do superintendente de Desenvolvimento Agropecuário, Edson Maruta.
A segunda unicade vai impulsionar ainda mais a diversificação do produto e a produção no município. Com as duas fábricas, a cidade terá potencial para produzir até 10 toneladas/mês ou 120 toneladas/ano.
A primeira fábrica do município foi entregue em 2007, ao custo de R$ 48 mil, com a doação do prédio pela prefeitura. A segunda, contou com o financiamento de R$ 283 mil do Banco do Nordeste, valor que foi dividido entre os cotistas, integrantes da associação de trabalhaores da cidade. Nessa unidade, o município entrou com mais R$ 17 mil para aquisição do galpão.
“Olho D’Água das Flores é o primeiro município a investir pesado na cultura do produto e já desponta como um dos potenciais produtores de caju no Nordeste”, informa o coordenador do programa de Cajucultura da Seagri, Alberto Espinheira.
O município vislumbra, a médio e longo prazos, entrar para um seleto mercado que movimenta um negócio em torno R$ 150 milhões/ano somente com a produção de amêndoa da castanha do caju.
“Esta segunda unidade da fábrica terá produção mais diversificada, com fabricação de doces, bolos, sucos e outros derivados do caju”, acrescenta o secretário de Agricultura de Olho D´Água das Flores, Silvan Roberto.
Vários municípios alagoanos já estão desenvolvendo plantio em grande escala, vislumbrando a produção como excelente alternativa para expansão da economia no Estado.
De acordo com Espinheira, a cajucultura tem crescido a cada ano e surge como alternativa na difusão da economia do Estado. Primeiro, porque tende a se somar às culturas tradicionais, como a da cana-de-açúcar. Outro fator interessante é o benefício ambiental, uma vez que a cajucultura facilita o reflorestamento.
Além desses fatores, o engenheiro agrônomo aponta outra qualidade do caju. “É um produto que se adapta a praticamente qualquer tipo de solo, com exceção daquele muito encharcado”, revela.
Como prova do crescimento da atividade, Olho D’Água já é parada obrigatória para indústrias do segmento, como a Fruteb, pertencente a um importante grupo sergipano. Alagoas exportou recentemente cerca de 800 caixas de castanha somente para essa empresa de Sergipe.
