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Alagoas

Seagri desenvolve experimentos com girassol no Agreste

Técnicos avaliam a cultura do girassol está em Craíbas

O cultivo do girassol pode se tornar uma alternativa de geração de renda nas pequenas e médias propriedades da região Agreste de Alagoas. A adaptação da planta ao clima e ao solo está sendo analisada por pesquisadores da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), numa parceria com a mineradora Vale Verde.

Segundo o engenheiro agrônomo Francisco Méricles, que conduz os experimentos numa área da empresa no município de Craíbas, estão sendo avaliados 17 materiais de girassol, ou seja, 17 plantas com características diferentes. “Queremos descobrir quais são os que melhor se adaptam às condições ambientais da região e, a partir disso, indicar as melhores variedades aos agricultores locais”, explicou o técnico.

Para isso, ele acredita que ainda serão necessários mais três anos. “O experimento já existe há dois anos, mas é preciso analisar por pelo menos mais três. De qualquer forma, já obtivemos uma boa produtividade até agora. Nosso foco é a produtividade”, destacou Francisco Mércicles. Ele explicou ainda que os 17 materiais cultivados foram cedidos pela Embrapa Tabuleiros Costeiros.

De acordo com o engenheiro agrônomo, o girassol leva cerca de 120 dias para ser colhido e o agricultor pode ter até três safras por ano. A planta pode ser usada para produção de óleos, biocombustíveis, na culinária ou na alimentação de aves. A região que mais produz girassol no Brasil é a Centro-Oeste, mas também há produção em São Paulo.

“O mercado está aberto a este produto. A produção do Brasil não é suficiente para abastecer o mercado interno, por isso o país é importador. Esse é um segmento produtivo que pode ser ocupado pelos agricultores familiares”, salientou o técnico da Seagri.

“Temos o interesse em fornecer aos agricultores oportunidades para a diversificação da produção, pois assim ele pode incrementar sua renda. Todos os anos fazemos a distribuição de sementes, reforçamos a assistência técnica, com o empenho do governador Teotonio Vilela, mas também entendemos que é preciso promover a diversificação. Por isso os técnicos da Seagri realizam experimentos e pesquisas, que ao final serão repassados aos agricultores”, argumentou o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas.