O constante investimento do Governo do Estado para o fortalecimento dos equipamentos de saúde em Sergipe já aponta resultados significativos. Em 2013, a ampliação e a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos nos hospitais da rede Estadual no interior favoreceram a melhoria da assistência descentralizada e, como consequência, a redução do número de transferências dos pacientes para o Hospital de Urgências de Sergipe (Huse).
No município de Lagarto, o Hospital Regional Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro (HRL) assiste a população da região Centro-Sul de Sergipe e recebe pacientes oriundos de cidades da Bahia que fazem divisa com o Estado. Em 2013, a unidade obteve uma média de transferência mensal inferior a 1% dos 63 mil usuários que atendeu. Segundo o superintendente do hospital, Oldegar Alves Junior, a taxa chegou, ao longo do ano, a atingir um índice ainda mais baixo: 0,6%.
“Consolidamos nosso posicionamento na rede hospitalar sergipana. Dentre os avanços, podemos destacar, em especial, a área de ortopedia. Encerramos o ano de 2013 com a realização de 956 cirurgias ortopédicas, transferindo apenas os casos que necessitaram de um atendimento de maior complexidade para o Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), em Aracaju. Além disso, avançamos em resolutividade, considerando que 99% dos pacientes que chegaram à unidade tiveram seus problemas de saúde resolvidos no próprio hospital”, afirma.
Em Estância, a abertura de novos leitos contribuiu para a ampliação da internação de pacientes na unidade. No Hospital Regional, a taxa de transferência é inferior a 2%.
“Em 2012 foram feitas 134 internações de pacientes de clínica médica. Já em 2013 aconteceram 796 internamentos e 14.242 exames laboratoriais nos pacientes internados, número muito maior do que os 2.763 feitos no ano anterior”, destaca Patrícia Falcão, superintendente da unidade.
No Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória, que realiza atendimentos de urgência e emergência para a população do Alto Sertão Sergipano, a unidade também possui uma maternidade que é referência no atendimento às gestantes com quadro considerado de médio e baixo risco. Dos mais de 64 mil atendimentos realizados em 2013, 1.061 foram partos.
“Hoje, possuímos o poder de resolutividade nos atendimentos considerados de risco habitual, o que contribui para desafogar outras unidades de assistência materno-infantil, como Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), que é referência para casos de alto risco”, salienta a superintendente do Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória, Gilvânia Freitas.
No Hospital de Nossa Senhora do Socorro a taxa de transferência foi inferior a 0,5%. “Nossa taxa de transferência foi de 0,4%. Do total de 5.534 atendimentos, foram realizadas 22 transferências, sendo 15 do pronto socorro e sete de clínica médica”, aponta a superintendente Genisete Pereira. Em Propriá foram realizadas 1.163 transferências dos mais de 50 mil atendimentos de 2013.
“A nossa taxa de transferência é cada vez menor. Estamos qualificando a cada dia a nossa unidade, aumentando a resolutividade e reduzindo cada vez mais a necessidade de transferência de pacientes para o Huse”, explica Paulo Campos, superintendente do Hospital de Propriá.
Já no município de Itabaiana, os novos investimentos ampliaram a perspectiva de redução do encaminhamento de pacientes para a capital. No mês de novembro, o Hospital Regional passou a contar com o funcionamento da porta 24 horas de Ortopedia, serviço que possibilitou o atendimento e a resolutividade dos casos de trauma simples no pronto socorro.
“Nos mês de julho a nossa taxa de transferência foi de 1.39% do total de atendimentos e, em dezembro, esse percentual caiu para 0,6%. Desse total, as transferências por ortopedia correspondiam a 37%, mas, com a abertura do serviço, esse índice já reduziu para 8,5%”, pontua Darcy Tavares Pinto, superintendente do Hospital de Itabaiana. Ao longo do ano, os hospitais regionais contabilizaram mais de 650 mil atendimentos.
“É uma estratégia de fortalecimento que temos implantado visando o aumento cada vez maior da resolutividade dessas unidades. A cada ano, mais casos são resolvidos nos próprios hospitais regionais, reduzindo o número de transferências para o Huse. Imagine que habitualmente a maioria desses casos vinha direto para o Huse e muitos por demanda espontânea. Agora, esses casos são atendidos e resolvidos nos próprios regionais”, explica Wagner Andrade, diretor operacional da Fundação Hospitalar de Saúde.