O tabagismo é um fator de risco evitável, mas causador de diversos tipos de cânceres, doenças do aparelho circulatório e respiratório Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo causa mais morte do que a aids, diabetes, trânsito e o álcool. Em Alagoas, no período de cinco anos, foram investidos R$ 107 milhões em tratamento relacionado às doenças decorrentes do uso do tabaco, na faixa etária de 40 a 69 anos.
Para celebrar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realiza, segunda-feira (29), uma programação de atividades no pátio da secretaria. As ações serão iniciadas a partir das 9h e contará com a participação dos servidores do órgão. Na ocasião, haverá a apresentação do resultado da pesquisa de opinião dos servidores sobre o ambiente de saúde 100% livre do fumo e palestras sobre tabagismo.
Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, Vetrúcia Teixeira, há um projeto de ambiente de saúde 100% livre do fumo em fase de implantação na Sesau, fundamentado por uma pesquisa de opinião realizada com os servidores em 2008. “Essa é uma das ações de controle do tabagismo que deve ocorrer através de um trabalho de intersetorialidade”, explica a coordenadora.
Vetrúcia Teixeira destaca, ainda, que as ações educativas continuadas são essenciais para transformar as informações disseminadas em mudanças de atitudes e de comportamento favoráveis a uma vida mais saudável.
De acordo com a pneumologista do Hospital Geral do Estado, Maria Alécio, o uso do cigarro é prejudicial à saúde e pode causar câncer de pulmão, boca, língua, estômago, próstata, mama, bexiga e doenças como enfisema pulmonar, bronquite crônica e doenças vasculares como Acidente Vascular Cerebral (AVC), entre outras.
A médica lembra, ainda, que as doenças podem afetar também os fumantes passivos, pois eles inalam substâncias tóxicas. “Cinco milhões de pessoas morrem por ano de doenças relacionadas ao tabaco, por isso é importante os trabalhos educativos e que as pessoas que fumam busquem deixar o vício para ter uma vida mais saudável”, ressalta Maria Alécio.
Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, Vetrúcia Teixeira, o tratamento, para quem quer deixar de fumar, segue o modelo instituído pelo Instituto Nacional do Câncer, através do Programa Nacional de Controle do Tabagismo. O tratamento consiste em abordagens breves e intensivas e conta com uma equipe multidisciplinar.