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Maceió

Saúde da Criança destaca a importância do Teste do Pezinho

O Teste do Pezinho, assim como da orelhinha e do olhinho, são exames que servem para verificar se a saúde do recém-nascido está perfeita, detectando de forma precoce possíveis erros natos do metabolismo. Com apenas algumas gotas de sangue colhidas do calcanhar da criança, o teste permite detectar oito doenças, entre metabólicas, congênitas e infecciosas. A triagem neonatal deve ser feita do terceiro ao quinto dia útil de vida.

Ao receber alta da maternidade, o pediatra entrega o receituário à mãe, solicitando a realização do teste e orientando a procurar uma unidade de saúde mais próxima à sua residência. Para Yana Melo, coordenadora de Saúde da Criança da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), quanto mais cedo for realizado o teste, melhor para a saúde da criança. “Se o teste for realizado até o quinto dia de vida, maiores são as chances de detectar alguma doença congênita ou má formação que pode prejudicar a vida futura da criança”, afirmou.

As unidades de saúde do município estão habilitadas para a realização do teste, mas a mãe que não conseguir realizar próximo à residência por conta das reformas dos postos, pode se dirigir a outro posto mais próximo ou ao Laboratório Hormonal Fátima Cunha, serviço de referência em triagem neonatal, localizado no bairro da Jatiúca. O laboratório fica localizado na Rua Hamilton Barros Soutinho, nº 635, Jatiúca, na rua atrás do Posto Tigre. Telefone: 3327-2399.

Para ter acesso ao exame nas unidades de saúde, a mãe ou um procurador deve comparecer com cópias dos seguintes documentos: certidão de nascimento do bebê, e o RG e comprovante de residência da parturiente. Com esses dados já é liberado o cartão SUS da criança. A maioria das maternidades e o Hospital Universitário (HU) também já fazem o exame, e a parturiente já sai com o resultado do seu bebê.

Confira as doenças que podem ser detectadas com o Teste do Pezinho

Anemia falciforme: Doença hereditária que altera a formação da hemoglobina, molécula responsável pelo transporte do oxigênio no sangue.

Deficiência de biotionidase: É a falta da vitamina biotina no organismo. Sua deficiência resulta em convulsões, fraqueza muscular, queda de cabelo, surgimento de espinhas, acidez do sangue e baixa imunidade.

Fenilcetonúria: É uma doença genética caracterizada pela incapacidade de metabolizar a enzima fenilalanina-hidroxilase, responsável pela transformação do aminoácido fenilalanina em tirosina. A ausência de tirosina pode acarretar retardo mental.

Galactosemia: É uma doença genética que dificulta a conversão de galactose (açúcar presente no leite) em glicose. O resultado é o acúmulo de galactose no organismo, causando problemas de coagulação, icterícia (pele amarelada), hipoglicemia (baixa da taxa de glicose no sangue), glicosúria (excesso de glicose na urina), acidez do sangue e catarata.

Glicose 6-fosfato desidrogenase: Distúrbio metabólico que causa alterações das enzimas fundamentais para proteção das células, especialmente das hemácias. Sem estabilidade, os glóbulos vermelhos podem morrer, causando anemia hemolítica.

Hipotireoidismo congênito: Doença que faz com que a glândula tireoide não seja capaz de produzir quantidade adequada de hormônios tireoidianos, o que deixa os processos metabólicos mais lentos. Uma das principais consequências é a retardação mental.

Hiperplasia congênita da supra-renal: Provoca uma deficiência na produção de hormônios pelas glândulas supra-renais ou adrenais. Para compensar, a hipófise produz excesso de hormônios que estimulam as supra-renais, que aumentam de tamanho e passam a produzir em excesso hormônios que levam à masculinização do corpo da criança. Além disso, pode ocorrer desidratação, perda de sal no organismo e vômitos.

Toxoplasmose: É uma doença infecciosa causada pelo parasita Toxoplasma gondii, que pode causar calcificações cerebrais, malformações, doença sistêmica grave. Tardiamente, pode se expressar causando doenças da retina.