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Sergipe

Saúde assina Termo de Cooperação com o Hospital Samaritano

Termo de Cooperação com o Hospital Samaritano foi assinado

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) assinaram nesta terça-feira, 10, um Termo de Cooperação com o Hospital Samaritano, de São Paulo, formalizando o início de um importante projeto que capacitará profissionais atuantes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Pediátrica. A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) e o Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) serão as entidades beneficiadas, escolhidas depois de uma análise feita pelo Ministério da Saúde (MS) e pela própria unidade hospitalar que gerencia o projeto.

“Nunca atuamos em Sergipe, mas enxergamos um potencial muito grande para o trabalho, principalmente depois de observar a disponibilidade dos gestores em abraçar a iniciativa”, analisa a coordenadora de Responsabilidade Social do Hospital Samaritano, a enfermeira Edna Bussotti.

Segundo Edna, a ação faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi), do Ministério. Trata-se de um projeto multiprofissional, que não se limita apenas a médicos e enfermeiros, mas abrange outros profissionais que atuam na UTI como: fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas.

“Aliado à capacitação, realizamos o levantamento de todos os procedimentos das unidades, visitando bancos de leite e sangue, centros de fisioterapia, farmácias, ou seja, todas as áreas de apoio à UTI. Desta forma, entendemos quais os problemas que o hospital enfrenta e qual o plano de ação que deve ser implantado para a melhoria contínua do serviço oferecido”, explica Edna Bussotti.

Outro foco das ações é o monitoramento de indicadores de qualidade, formando um banco de dados que demonstre o perfil institucional para promoção da melhoria das Políticas Públicas do SUS.

Alguns resultados alcançados no triênio passado demonstram a eficácia da metodologia: no início, 50% das 27 instituições participantes não trabalhavam com indicadores de qualidade como ferramenta de gestão.

“Hoje, 100% delas utilizam o método. Além disso, temos mapeado instituições o perfil delas em relação ao histórico de alguns tipos de infecção, o que permite que se crie um plano de melhoria voltado a esses indicadores”, detalha a coordenadora do Hospital Samaritano.

Neste triênio (de 2015 a 2017), seis entidades permaneceram no projeto e outras seis foram integradas, entre elas as sergipanas. “É importante ressaltar que o financiamento das ações é feito a partir dos recursos do Proadi. As instituições entram com a parte estrutural. Com a parceria entre o Hospital Samaritano, o MS e os hospitais beneficiados, as ações são postas em prática”, esclarece a analista de Políticas Sociais do MS, Marina Soares.

Aposta

As duas unidades atendidas em Sergipe estão apostando no trabalho que será iniciado. Para a superintendente do Huse, Lícia Diniz, a estrutura do hospital está pronta para receber o projeto, que deve aprimorar o que já é desenvolvido lá. “Estamos felizes com a oportunidade, principalmente porque vai atingir uma área que ainda não era muito vista”, avalia a gestora.

O superintendente da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, o médico Luiz Eduardo, conta que a unidade já acompanha alguns indicadores. A chegada do projeto do Samaritano vai agregar muito valor ao que é feito. “Além de ser um ânimo novo para a equipe, teremos um hospital de porte, com validação do Ministério da Saúde, com monitoramento e aprimoramento. Será um complemento técnico muito importante”, avalia o gestor.

Depois da assinatura do Termo Técnico, a primeira reunião entre representantes das entidades sergipanas, o MS e o Hospital Samaritano vai ocorrer no dia 15 de dezembro, em São Paulo, onde os gestores serão acolhidos. Será feito o alinhamento de conceitos e a aproximação entre os entes envolvidos.

“Essa é uma ação que tem reflexo positivo não somente nas áreas da UTI, mas em toda a unidade hospitalar, que sentirá os reflexos a partir do trabalho dos profissionais e também das ações desenvolvidas. Quem ganha são os usuários do SUS que terão uma intervenção no quesito qualidade”, opina João Santos Lima Júnior, diretor de Atenção Integral a Saúde da SES.