Seis militares foram mortos este ano em Alagoas, sendo um, sergipano
Mais um policial militar foi vítima dos altos índices de criminalidade em Alagoas. O sargento José Nildo da Silva, lotado no Colégio da Polícia Militar (CPM), foi atingido por um tiro na perna durante uma tentativa de assalto, ocorrida nesta quinta-feira (18), no bairro do Clima Bom.
De acordo com informações da PM, a vítima estava chegando a sua residência após um dia de trabalho, quando foi abordada por dois homens. Ao perceber que ia ser assaltado, o militar sacou sua pistola, mas os acusados se adiantaram e começaram a atirar contra o policial.
Ele chegou a correr e um dos cinco tiros deflagrados o atingiu na coxa esquerda. Após o caso, o sargento foi encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche.
Comparativo
Segundo presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares (ASSMAL), sargento Teobaldo de Almeida, militares alagoanos sofrem mais com a violência do que policiais de São Paulo.
“Proporcionalmente, os militares alagoanos sofrem mais com a criminalidade, do que os integrantes da PM de São Paulo. Não podemos deixar a violência tomar conta de Alagoas. O Governo deve ter respeito com os militares e com o povo alagoano, pois os índices continuam crescendo. Além da população, precisamos que o Ministério Público, os deputados estaduais e a Justiça também cobrem do Estado providências”, desabafou o sargento.
Seis militares assassinados em 2013
De acordo com levantamento da entidade de classe dos militares, em 2013, foram assassinados cinco militares em Alagoas.
– O primeiro caso foi do bombeiro militar Elenilton Tenório de Melo, de 40 anos, que teve o corpo encontrado em um canavial em janeiro deste ano no Conjunto Village Campestre.
– A outra vítima foi o sargento da PM Manoel Alves Ferreira Júnior, morto em fevereiro após ser baleado durante uma confusão em um bar em Santana do Mundaú.
– A terceira foi o cabo da PM Carlos Pereira de Barros, de 50 anos, assassinado com nove tiros na noite do dia 16 de março no terminal de ônibus do Benedito Bentes.
– Outro caso que chocou a corporação foi à morte do cabo José Wellington da Silva, executado dentro de veículo de transporte alternativo que fazia a linha Maceió-Arapiraca durante um assalto.
– O mais recente foi o sargento Luís Borges da Silva, de 46 anos, que morreu na última quarta-feira,17, após reagir a um assalto em um coletivo da linha Marechal Deodoro/Maceió.
– Por último, um policial sergipano foi morto em terras alagoanas, na cidade de Olho D’Água do Casado. O cabo Ronildo Santos Alves, de 43 anos, foi surpreendido por criminosos armados em uma rodovia. Ele foi atingindo por disparos de arma de fogo e faleceu no local.
