Um crime que chocou a população de Aracaju e mostrou a falha na segurança pública do estado, aconteceu na última sexta-feira (07), provocando uma série de críticas ao governo do estado. Um frio assassinato motivado de forma passional mudou a vida de três famílias. Neste sábado, 8, o delegado Everton dos Santos, responsável pela Delegacia de Homicídios, esclareceu a morte do primeiro sargento Joselito Rodrigues Alves , morto dentro do Quartel da PM.
O assassinato foi cometido pelo corretor de imóveis Antônio de Oliveira, de 50 anos, que mantinha um relacionamento amoroso com a esposa do sargento, Cássia Maria Alves, há 13 anos. “O autor do crime foi namorado de Cássia antes do início do relacionamento dela com o Sargento. Mas foi uma relação mal resolvida, que acabou sendo mantida durante todos esses anos”, afirmou o delegado Everton dos Santos.
Segundo o delegado, a sucessão de fatos começou quando o Sargento chegou nas proximidades de casa, situada no bairro Atalaia, e avistou um carro Corola estacionado na porta da residência. Ele teria ligado para a esposa questionando se era o Antônio quem estava com ela, já que era uma pessoa conhecida por ele.
“De acordo com a Cássia, o marido sabia da existência do relacionamento paralelo com Antônio. Mas a família da vítima disse que ele apenas desconfiava da possível traição”, afirmou o delegado.
Perseguição
O relato diz que Joselito estava em seu veículo – do mesmo modelo que o do assassino – e ao chegar próximo a casa avistou sua esposa entrando no carro de Antônio, motivando assim uma perseguição que cruzou a cidade através da Avenida Beira Mar.
Antônio dirigiu até o Centro de Aracaju onde foi até o Quartel da PM, na rua Itabaiana. Ao chegar no local encontrou o portão completamente aberto, o que facilitou a penetração do veículo na sede. “A princípio se pensou que poderia ser uma invasão ao Quartel, mas a ação foi rápida. O sargento entrou logo em seguida se identificando para quem estava presente no local”, afirmou o tenente coronel Luis Fernando, assessor de comunicação da PM.
Ao descer do veículo, Joselito foi tomar satisfação com a esposa, tenho em mãos um revólver calibre 38. Ao encostar na janela do passageiro, recebeu dois disparos de Antônio, um no peito e outro na cabeça. O sargento morreu na hora.
O assassino deu ré no veículo e saiu cantando pneus sem ter sido perseguido por nenhuma viatura da PM, já que na sede do Quartel não tinha nenhuma no momento do fato. “Foi passado um aviso para as viaturas da Rádio Patrulha, que começaram a perseguir o Corola, placa HZX-7066”, apontou o delegado.
A polícia só conseguiu deter Antônio nas imediações do restaurante o Miguel, na Atalaia. Mais de 12 disparos foram efetuados contra o veículo e um dos tiros chegou a atingir o assassino de raspão. Ele está preso da Delegacia de Homicídios e Cássia foi liberada. Joselito estava no segundo casamento e não tinha filhos com Cássia.
