O Santos entra em campo com o que tem de melhor para enfrentar o CSA, nesta quarta-feira, às 21h50, no estádio Rei Pelé, em Maceió, pela segunda fase da Copa do Brasil . O único desfalque será Rodrigo Souto, que, contundido, nem viajou. O jogo será quase um treino para a primeira partida das semifinais do Paulistão contra o Palmeiras, no sábado, na Vila Belmiro, apesar das declarações dos santistas de respeito ao adversário.
O objetivo do técnico Vágner Mancini é conseguir uma vitória com pelo menos dois gols de diferença para eliminar o jogo de volta, na Vila Belmiro, no próximo dia 22, que poderá ser prejudicial se o time se classificar para as finais do Estadual.
Depois do treino técnico desta terça, no Centro de Treinamentos do Corinthians Alagoano, Mancini avisou que a escalação será anunciada apenas pouco antes do início do jogo. A sua alegação é que alguns jogadores ainda se ressentem do desgaste que sofreram na dramática vitória contra a Ponte Preta, no domingo passado, em Campinas, e dependem de avaliação para saber se poderão atuar.
“Não é hora de correr risco”, afirmou o treinador. A sua dúvida, no entanto, deve ser apenas se escala a dupla de zagueiros titulares ou aproveita a fragilidade do adversário para dar ritmo de jogo a Astorga, o provável substituto de Fabiano Eller (cumprirá suspensão por ter sido expulso contra a Ponte) no sábado.
A partida desta quarta será a única oportunidade que ele terá para dar um mínimo de entrosamento à que poderá ser a dupla de zaga do clássico, com Astorga ao lado de Fabão. Como a delegação retorna de Maceió somente na noite de quinta, resta apenas o período da manhã de sexta para treinar e, por ser véspera do clássico, deverá ser apenas um recreativo.
Se Astorga for escalado e repetir a fraca atuação dos poucos minutos em que esteve em campo no amistoso contra a Portuguesa Santista, Mancini terá que torcer pela recuperação de Rodrigo Souto para improvisá-lo ao lado de Fabão na zaga diante do Palmeiras. Seu estilo é o que mais se aproxima do de Eller. Ele tem noção de marcação – atuou como terceiro zagueiro quando Vanderlei Luxemburgo dirigia o Santos -, dá qualidade à saída de bola da defesa e pode cobrir as subidas de Triguinho ao ataque.
A partida desta quarta será a segunda do Santos no Rei Pelé. O primeiro foi no dia 25 de outubro de 1970, na inauguração do estádio com o nome do Atleta do Século XX, contra uma seleção de Alagoas e os santistas golearam por 5 a 0. Pelé (2), Nenê (2) e Douglas foram os marcadores.
Nas duas que vezes em que enfrentou o CSA, ambas na Vila Belmiro e pelo Campeonato Brasileiro, o Santos ganhou. Na primeira, em 22 de maio de 1974, por 1 a 0, e em 6 de setembro de 1975, por 2 a 0.