Claudionor Teixeira Higino é discípulo do mestre Antônio Pedro
O penedense Claudionor Teixeira Higino, discípulo do mestre Antônio Pedro dos Santos, agora faz parte de uma seleta lista da cultura popular alagoana. O santeiro foi incluído oficialmente no Registo de Patrimônio Vivo de Alagoas em reunião extraordinária realizada pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC).
O ato foi publicado na edição desta quinta-feira, 14, do Diário Oficial do Estado e apresenta também o nome da mestra de Pastoril, do município de Marechal Deodoro, Bertolina Nunes Barbosa. O santeiro penedense recebeu a notícia de sua inclusão no registro com muita felicidade.
Claudionor Higino é um mestre e como tal busca passar seus conhecimentos para as novas gerações. Prova disso é o projeto denominado ‘Oficina de Santeiros do Penedo’, no qual jovens penedenses aprendem técnicas de como esculpir a madeira transformando-a em verdadeiras obras de arte.
O edital Registro do Patrimônio Vivo de Alagoas foi lançado em março e recebeu 49 inscritos de diversas manifestações culturais do Estado. Durante a reunião foi apresentado o relatório da Comissão aos conselheiros que deliberaram sobre a pauta. Os membros do Conselho aprovaram por unanimidade a escolha dos mestres.
Na reunião além do presidente do Conselho, Osvaldo Viégas estiveram presentes, entre outros, os representantes da Faculdade Fits, Sesc, Associação de Folguedos Populares de Alagoas (Asfopal), Academia Alagoana de Letras, Sebrae, Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), e integrantes da Comissão Especial que avaliou os processos de inscrição do edital.
“A avaliação foi difícil por conta do grande número de inscritos, mas a cultura alagoana está bem representada com os escolhidos, principalmente, por mestres santeiros e de pastoril, atualmente, terem poucos representantes em atividade no Estado”, ressaltou a arquiteta Amália Abreu que participou da Comissão Especial.
Anualmente o edital contempla dois mestres que passam a figurar o livro de Registro. Com isso, eles são beneficiados com uma bolsa auxílio de incentivo vitalício de 1,5 salário mínimo, para ajudar na manutenção dos grupos e, também para repassar os seus saberes.
