O levantamento realizado junto ao Datasus pelo provedor da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes de Melo, confirmou o que pacientes, médicos, gestores públicos e técnicos da saúde já têm conhecimento. A instituição é o complexo hospitalar alagoano que mais interna pacientes de alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde.
Para se ter uma ideia do que representa os 3.319 pacientes internados em 2011, a produção da Santa Casa de Maceió superou em 404% o Hospital do Açúcar, em 738% o Hospital Universitário, em 1.102% o Hospital Escola Helvio Auto e em 33.000% o Hospital Sanatório, que registrou 10 internações de alta complexidade em 2011.
“Sozinha, a Santa Casa de Maceió recebeu pacientes dos 102 municípios alagoanos e também de cinco municípios pernambucanos. É um orgulho para nós saber que atendemos todo o Estado”, disse o provedor Humberto Gomes de Melo.
No universo de 1.388 hospitais de ponta que investem em alta complexidade no País, a Santa Casa de Maceió ficou em 34º lugar com 3.319 internações. A instituição manteve-se no mesmo patamar de grandes centros de referência na medicina brasileira, como o Instituto do Câncer de São Paulo, Instituto de Cardiologia (RS), Hospital do Câncer de Pernambuco, Hospital de Base do Distrito Federal, Hospital das Clínicas de Minas Gerais entre outros.
Mapa
No mapeamento dos municípios alagoanos que enviaram pacientes de alta complexidade, Maceió concentrou 40% dos pacientes, ficando Arapiraca com (6%) e Palmeira dos Índios (3%). (Confira o mapa).
Procedimentos
Não há uma definição técnica e ampla sobre os procedimentos de alta complexidade. O que há é um consenso de que os procedimentos de alta complexidade apresentam custo elevado, condutas e equipamentos de ponta (avanços tecnológicos).
Em alguns casos, é possível que seja retirado da lista de alta complexidade à medida que o procedimento se torne rotineiro.
O Sistema Único de Saúde considera procedimento de alta complexidade, vinculado à internação do paciente, as intervenções cardiológicas; os transplantes, as sessões de radioterapia, incluindo radioimplante e braquiterapia; hemoterapia; nutrição parental ou enteral; procedimentos diagnósticos e terapêuticos em hemodinâmica; embolizações e radiologia intervencionista; alguns casos de próteses e orteses, a chamada terapia renal substitutiva, implantação de marca-passo, estudos eletrofisiológicos entre outros