×

Alagoas

Santa Casa de Maceió realiza exames de histeroscopia no útero

Videohisteroscopia. O nome significa olhar dentro do útero por intermédio de um vídeo e se refere ao procedimento utilizado na identificação de doenças no interior do útero, que oferece uma imagem direta e tridimensional de problemas como miomas e pólipos. De acordo com o médico ginecologista Fábio Castanheira, o procedimento funciona como exame, se for para fazer somente uma biópsia dirigida, ou cirurgia minimamente invasiva para definir o problema, realizada de forma que não agride o útero da mulher.

“É um procedimento que, ao entrar na cavidade uterina, pode detectar mioma, pólipo, câncer de endométrio ou más formações uterinas. O exame é simples e a paciente tem a possibilidade de fazê-lo em um consultório, sem anestesia, indo embora para casa logo após o procedimento”, destacou Fábio Castanhera.

O médico explica que o exame deve ser feito sempre que a paciente apresentar sangramento uterino anormal, aparentemente sem motivos. “Quando a paciente apresenta esse sangramento e não se sabe a causa, quando ela tem infertilidade e não se sabe o motivo, é preciso fazer o exame e entrar na cavidade uterina para que a origem do problema seja detectada”, afirma o ginecologista.

A videohisteroscopia também pode ser considerada uma cirurgia minimamente invasiva, tendo em vista que miomas, pólipos, más formações e endométrio atípico, podem ser retirados por meio do procedimento. Para isso, explica o médico, é preciso usar um aparelho um pouco maior – com apenas 9 mm de diâmetro- e receber anestesia, geralmente através do soro.

“Se a pessoa tem um sangramento uterino anormal, se faz uma ultrassonografia e detecta que tem um mioma ou pólipo, eles devem ser retirados”, destaca o médico Fábio Castanheira.

Segundo ele, o Sistema Único de Saúde (SUS) está contratualizando com a Santa Casa de Maceió a realização desse exame de forma gratuita. “Ele também é feito através de convênios e de consultas particulares”, diz.

O procedimento cirúrgico feito por meio da videohisteroscopia é rápido, de forma que a paciente tem alta do hospital no mesmo dia e, em regra, pode voltar a trabalhar no dia seguinte.

“Antigamente, o útero era retirado quando existia um mioma submucoso. Hoje você pode tirar o mioma sem precisar abrir a cavidade abdominal. Não é preciso perder o útero. Antes, a curetagem uterina era feita às cegas e hoje você vê a cavidade uterina, vai ao local e faz a biópsia exatamente no ponto onde existe o problema, preservando assim o útero e a fertilidade da mulher”, relata o médico, destacando que a cada 200 pólipos, um pode virar câncer.