O Núcleo de Educação Permanente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) lançou mais uma campanha de orientação para a população sergipana, dentro do projeto ‘Sou Amigo do Samu’, lançado em 2015. Desta vez a temática está focada em alertar a sociedade para o perigo que representam os fogos de artifícios, particularmente neste ano de Copa do Mundo. A campanha está sendo veiculada nas redes sociais e seguirá até o fim deste mês.
“Aproveitamos os festejos juninos para trabalhar o tema ‘Sou Amigo do Samu não solto fogos’, considerando todos os malefícios que esta prática traz para a população, principalmente para as crianças”, informou o coordenador do Núcleo de Educação Permanente (Nep), Ronei Barbosa, observando que o objetivo é o de conscientizar a população para o fato de que fogos não são seguros nunca, nem mesmo uma chuvinha.
Segundo o coordenador, a campanha não é voltada exclusivamente para o público infantil. Na verdade pretende alcançar todas as faixas etárias, embora se volte mais para as crianças por serem estas inocentes e alheias ao perigo dos fogos de artifícios. Ele salientou que até um simples chuvinha pode causar consequências drásticas, podendo provocar até cegueira.
“As áreas mais atingidas em acidentes com fogos de artifício são as mãos e os olhos. A faísca de uma chuvinha atingindo um olho pode lacerar córnea e até deixar a vítima cega, enquanto uma bomba pode causar surdez e a fumaça pode gerar problemas respiratórios para crianças e adultos”, relacionou o coordenador do Nep, acrescentando que no adulto há um fator agravante que é a ingestão de bebida alcoólica.
Ronei Barbosa explicou que muitas pessoas ingerem bebidas alcoólicas e soltam fogos de artifícios esquecendo todas as medidas de segurança. O resultado pode ser desastroso e trágico, especialmente para aqueles que têm o hábito de jogar bombas em fogueiras. “Quando isso ocorre, brasas saltam para todos os lados e quem estiver perto pode se machucar”, reforçou.
Para o coordenador, a tradição junina não inclui a bomba, apenas o forró, as comidas típicas, a vestimenta. Acredita que é preciso modificar o hábito da festa para reduzir o número de internações vinculadas à queimaduras e amputações.