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Esporte

Sampaio Corrêa fica no empate com o Bahia, em Salvador

Bahia e Sampaio Corrêa fizeram uma grande partida

Eletrizante, tenso e de estraçalhar os nervos. Um jogo digno de uma final de campeonato. Sampaio e Bahia ficaram no empate na Arena Fonte Nova, e o Tricolor maranhense mostrou que a luta pelo G4 não é um apenas um sonho de verão.

A torcida fazia um barulho ensurdecedor, criava o clima perfeito para o Bahia, mas o Sampaio não se importunou em nenhum instante com a folia nas arquibancadas. Concentrado, queria jogar bola, fazer gol.

Consciente, fechava o meio e trancava as investidas mais perigosas dos donos da casa. Veloz, saia em disparada para o ataque, principalmente com Edgar pelo lado esquerdo, sempre perigoso e decidido.

O gol era um detalhe, que teimou em não sair. Nádson, Jheimy e Edgar tentaram. Nada de a rede balançar. O Sampaio não desistia e controlava as ações. Imponente, não se deixava perturbar pela pressão extracampo. Só queria abrir o placar.

Eterno moleque travesso, o futebol aprontou mais uma de suas armadilhas. Em lance pela esquerda, uma jogada do Bahia deu origem ao seu gol, castigando o Sampaio. Pênalti. Kieza não desperdiçou.

Maduro, o Sampaio não se abalou. Colocou a bola no chão e seguiu com seu propósito. Só há uma maneira de reverter uma injustiça; batalhando. O Tricolor partiu pra briga.

O placar da etapa inicial ficou no gol vadio do Bahia. O segundo tempo prometia doses ferozes de emoção. Com o Sampaio é sempre assim.

Disposto a devolver o desaforo do primeiro tempo, o Sampaio voltou em alta voltagem, apertando, mordendo, com a insígnia Tricolor brilhando em busca do empate. O gol precisava sair. Não tinha jeito.

Bola na área do Bahia, bate-rebate, todo mundo ao chão, rasteiras e trombadas, a defesa salva a bola, que quase entra, mas Jheimy, diz: Vai entrar, SIM! Tudo igual.

Nada que contentasse o Tubarão faminto. O Sampaio foi até a Bahia pra ganhar, e Edgar quase vira, mas o goleiro se agigantou na sua frente. Pressão. O Tricolor baiano se retraiu. Jamais poderia imaginar tanta intensidade.

Infernal, Edgar seguia com seu tormento pela esquerda, e a bola cansou de passar na frente do gol, implorando que alguém a arrematasse para o fundo das redes.

Mas o Bahia resolveu entrar no jogo. Virou briga de rua, com Válber e Tiago Real se engalfinhando pela direita, e Salino ao lado de Diones quebrando blocos no meio campo. Jogo de G4. Ninguém queria perder.

Mas o empate prevaleceu até o fim. Valente, o Sampaio saiu de campo com a sensação de que a vitória poderia se materializar. No entanto, trata-se de uma guerra, e sair vivo para o próximo duelo é o que importa. E o Sampaio está mais do que vivo do que nunca.