A Lua ficará completamente imersa na sombra da Terra e assumirá uma tonalidade avermelhada (Foto: Reprodução/BBC News)
Neste domingo (7), o céu será palco de um espetáculo astronômico raro e fascinante: um eclipse lunar total, o segundo do ano. Durante o ápice do fenômeno, a Lua ficará completamente imersa na sombra da Terra e assumirá uma tonalidade avermelhada — um efeito que dá origem ao nome popular “Lua de Sangue”.
Embora o fenômeno não seja visível do Brasil, os brasileiros poderão acompanhar todos os momentos da ocorrência por meio de uma transmissão ao vivo no canal do YouTube do Observatório Nacional, a partir das 12h (horário de Brasília). A live contará com comentários de astrônomos profissionais e amadores ligados ao programa de divulgação científica do Observatório, órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Por que a Lua fica vermelha?
De acordo com o Observatório Nacional, a coloração avermelhada da Lua durante o eclipse total se deve à forma como a luz solar interage com a atmosfera da Terra.
“Mesmo totalmente encoberta pela sombra escura da Terra, a Lua ainda recebe luz solar indiretamente, filtrada pela atmosfera”, explica o órgão.
Essa luz refratada — o mesmo fenômeno que causa tons avermelhados nos pores do sol — acaba iluminando a Lua de maneira suave, dando a ela a aparência característica da chamada Lua de Sangue.
Cronograma do eclipse lunar total (horário de Brasília):
- Início da fase penumbral: 12h28
- Início da fase parcial: 13h27
- Início da fase total: 14h31
- Auge da fase total: das 15h12 às 15h53
- Fim da fase parcial: 16h57
- Fim da penumbra: 17h55
Entenda o fenômeno
Os eclipses lunares ocorrem quando a Lua atravessa a sombra da Terra. Essa sombra é dividida em duas zonas:
- Penumbra: região externa da sombra, que ainda recebe parte da luz solar.
- Umbra: região interna, completamente escura, onde a luz do Sol é totalmente bloqueada.
Dependendo do quanto a Lua adentra essas regiões, o eclipse recebe diferentes classificações:
- Eclipse penumbral: quando a Lua entra apenas na penumbra, com escurecimento sutil.
- Eclipse parcial: quando parte da Lua entra na umbra.
- Eclipse total: quando a Lua inteira está dentro da umbra.
“Quanto mais perfeito é o alinhamento entre Sol, Terra e Lua, maior é a duração do eclipse total”, destacou o Observatório Nacional.
Como assistir
Mesmo sem visibilidade no céu brasileiro, o evento poderá ser acompanhado em tempo real no YouTube do Observatório Nacional, com imagens captadas por parceiros internacionais e comentários ao vivo de especialistas.
Por: Roberto Lopes
