
“Os índices da criminalidade apontados pelo estudo Mapa da Violência no período de 1997 a 2007 refletem bem a situação e as circunstâncias que encontramos a segurança pública de Alagoas, que estava totalmente desestruturada”, afirmou nesta terça-feira (30), em entrevista coletiva, o secretário da Defesa Social, Paulo Rubim. Segundo ele, com os investimentos feitos pelo atual Governo, houve uma redução no número de homicídios em todo o Estado, que registrou uma redução de 3,2% em 2009 em relação a 2008.
“Quero dizer que o índice apontado por esse estudo referente ao período de 1997 a 2007 é altíssimo, mostrando a desestruturação existente na polícia, o que levou a gente a promover mudanças nas polícias Civil e Militar”, afirmou o secretário, acrescentando que a proporcionalidade no número de homicídios de antes era enorme. “Hoje, esse número vem diminuindo, apesar de considerar que continuamos com índices altíssimos de homicídios”, disse.
Paulo Rubim garantiu que o Governo continua trabalhando firme para a redução da criminalidade em Alagoas. “Temos alcançado resultados no combate à violência graças aos investimentos realizados nos últimos anos. Atualmente, a população vê mais viaturas nas ruas, com a polícia prendendo diariamente bandidos e quadrilhas”, afirmou.
No entanto, o secretário ressaltou que os problemas da violência não se resolvem de um dia para outro, principalmente agora com o aparecimento do crack, droga de efeito devastador bastante utilizada por jovens viciados. “O crack é considerada atualmente uma mola propulsora da violência, que provoca o aumento de homicídios, roubos e assaltos não só em Alagoas, como em todo o país”, apontou.
Aquartelamento
Na entrevista, Paulo Rubim falou sobre a possibilidade de aquartelamento de policiais militares, que reivindicam reajuste salarial. Mesmo considerando justa a luta por aumento de salário, o secretário reafirmou a postura da Defesa Social em defender a população, que não pode ser penalizada.
“Se qualquer movimento dos policiais militares colocar em risco a segurança da população, iremos tomar todas as medidas necessárias”, disse, lembrando que o Governo continua com o aval do Ministério da Justiça para solicitar a vinda da Força Nacional, se houver necessidade para manter a segurança pública sobre controle.
O secretário reafirmou também que o governador Teotonio Vilela continua aberto às negociações com os militares, para discutir com a categoria a questão salarial. “Mas não é com pressão que vamos resolver questões salariais”, concluiu.