×

Negócios/Economia

Rodadas de negociação dos APLs são abertas nesta terça-feira

Pequenos produtores e representantes de instituições financeiras discutiram o desenvolvimento de Alagoas através do PAPL nesta terça-feira

As rodadas de negociação dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) foram abertas oficialmente nesta terça-feira (22), no Palácio República dos Palmares. Secretários de Estado, gestores dos APLs, pequenos produtores e representantes de instituições financeiras discutiram o desenvolvimento de Alagoas através do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan) e pelo Sebrae/AL.

As rodadas estão sendo realizadas desde a última segunda-feira (21) até esta quinta (24), na sede do Sebrae em Maceió, e têm como objetivo estabelecer o posicionamento dos parceiros dos APLs para o planejamento e financiamento das ações desenvolvidas em 2011, como capacitações, eventos e workshops.

O encontro desta terça foi presidido pelo secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, que frisou o PAPL como o foco de trabalho do Estado para alavancar o desenvolvimento econômico e erradicar a pobreza em Alagoas. “Da mesma forma que damos ênfase a empreendimentos de grande porte, damos muita importância aos APLs, que vêm apresentando resultados excelentes principalmente nesses últimos quatro anos”, afirma.

O secretário ainda destacou a meta do Governo de ampliar a quantidade de APLs, que atualmente são 13, para 30. Para isso, Luiz Otavio assegura que toda a equipe de coordenação do PAPL trabalhará intensamente junto aos parceiros, no intuito de viabilizar essa expansão. “Na próxima semana estaremos reunidos no Sebrae para discutir essa questão”, complementa.

A apresentação dos principais resultados obtidos pelo PAPL ficou a cargo do coordenador do Programa pelo Sebrae, Ronaldo Moraes. Desde sua criação, em 2006, o PAPL realizou cerca de 3.500 eventos, com a participação de mais de 80 mil pessoas e com investimentos na ordem de R$ 129 milhões. Os 13 Arranjos têm conseguido a atração de investimentos através da Agência de Fomento de Alagoas (Afal) e de outras instituições financeiras, e as ações se concentram nas áreas de marketing, tecnologia, gestão, capacitação e infraestrutura especializada.

“Os APLs foram criados com o objetivo de contrabalancear a presença maciça da cana-de-açúcar em Alagoas, que gerou muitas riquezas, mas também gerou concentração de renda. Nesse sentido, os Arranjos têm se mostrado como forte estratégia para uma melhor distribuição de renda e fortalecimento das atividades econômicas no Estado”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae/AL, Marcos Vieira.

Também participaram do encontro o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas; o secretário do Trabalho, do Emprego e da Renda, Herbert Motta; o superintendente do Banco do Brasil em Alagoas, Álvaro Tieppo; o superintendente da Caixa Econômica Federal (CEF) em Alagoas, Gilberto Occhi; o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento em Alagoas (Conab), Eliseu Rêgo; o diretor de Projetos da Afal, Fábio Leão; e o prefeito de Penedo, Israel Saldanha, representando os demais municípios alagoanos.

Rodadas de negociação – Cerca de 60 parceiros, entre órgãos estaduais, federais e outras entidades, participam das rodadas de negociação que irão definir a agenda de ações dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) deste ano. Os parceiros devem conhecer as demandas dos APLs e, assim, avaliar e viabilizar os recursos para atender a essas necessidades.

Encontro com a presidente – Durante o evento desta terça, o secretário Luiz Otavio Gomes discorreu também sobre o encontro dos governadores do Nordeste com a presidente Dilma Rousseff, ocorrido nesta segunda-feira (20), em Sergipe. O secretário revelou que, a partir da reunião, pode-se afirmar que o Governo Federal tem mostrado interesse em focar no empreendedorismo individual e no pequeno negócio.

“Apesar do corte no orçamento federal, Dilma garantiu os recursos para as obras hídricas, como o Canal do Sertão, e para as políticas públicas de inclusão social”, acrescenta.