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Rio de Janeiro sedia fórum para debater mudanças climáticas

Começou hoje (2), no Rio, o primeiro encontro de trabalho do projeto IES-Brasil (Implicações Econômicas e Sociais) do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), que traçará cenários sobre a emissão de gases causadores do efeito estufa para os períodos de 2020 a 2030 e de 2030 a 2050, além de identificar políticas de redução dessas emissões.

O secretário executivo do FBMC, professor Luiz Pinguelli Rosa, disse à Agência Brasil que as emissões do desmatamento, no Brasil, diminuíram. Isso dá a oportunidade de o Brasil “até cumprir a meta que foi levada a Copenhague”, ressaltou.

O objetivo das autoridades brasileiras é uma redução de 84% do desmatamento, principal fonte das emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa. Isso significa chegar a um patamar inferior a 4 mil quilômetros desmatados por ano, que foi o compromisso estabelecido na Conferência do Clima de Copenhague (Dinamarca), em 2009.

Pinguelli Rosa destacou, entretanto, que o problema agora vai ficando mais difícil porque as emissões do desmatamento são de ordem de magnitude igual à dos setores energético e agrícola. “E no setor energético, nós estamos na contramão”, acrescentou.

Segundo o secretário executivo, o Brasil está aumentando o consumo de energia das usinas termelétricas, que emitem muito mais gás carbônico do que as hidrelétricas e, também, com o consumo de gasolina superior ao de etanol. Pinguelli Rosa destacou que o consumo de gasolina tinha ficado abaixo do etanol, no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva, com os carros flex. “Mas, agora, está o contrário”.