Especial sobre Rio São Francisco da Revista Graciliano será lançado nesta sexta, 20, em Traipu
A sexta edição da Graciliano propõe aos leitores um olhar sobre a região banhada pelo rio São Francisco e nada mais justo do que celebrar esta publicação às margens do rio, na cidade de Pão de Açúcar. O evento, promovido pelo Gabinete Civil, Secretaria do Estado de Planejamento, Cepal/Imprensa Oficial Graciliano Ramos e prefeitura municipal, ocorre nesta sexta-feira, 20, no auditório da Faculdade São Vicente, a partir das 19 horas.
O evento contará aina com uma vasta programação cultural tendo como foco o rio São Francisco, suas lendas, sua arte e seu povo. A cidade escolhida para o lançamento inclusive é tema de uma das reportagens publicadas no sexto número da revista . Antes chamada de Jaciobá, Pão de Açúcar destaca-se por sua beleza arquitetônica e artesanato. É lá também que está a Ilha do Ferro, povoado onde nasceu o bordado Boa Noite, mundialmente requisitado, e Seu Fernando, famoso por transformar árvores e galhos em obejtos de arte, mobiliário e poesia.
A viagem feita pela publicação começa retornando 10 mil anos, mergulho no tempo em busca de respostas sobre os primeiros habitantes do Baixo São Francisco, em Xingó. As canoas de tolda, embarcações típicas do rio, também não poderiam ficar de fora. Em reportagem sobre o tema, o leitor poderá conhecer mais sobre o apogeu e a decadência deste meio de transporte praticamente extinto que é um símbolo da navegação no São Francisco entre Alagoas e Sergipe.
História do vapor Comendador Peixoto
Outra embarcação destacada na revista é o navio Comendador Peixoto, com depoimentos de trabalhadores que viveram o apogeu da trajetória do barco a vapor, com relatos de viagens e dos motivos que do lamentável naufrágio.
Os sabores da região foram registrados em reportagem que evoca os cheiros e texturas da comida típica de Piranhas. A reportagem “Terra Sonâmbula” propõe um novo olhar sobre o isolado e curioso povoado de Pixaim. Em entrevista, Seu Toinho Pescador, um dos maiores defensores da preservação do rio, conta sobre sua vivência em Penedo, relatando sua história de amor pelo Velho Chico.
É possível fazer uma viagem pela estrada de ferro de Paulo Afonso e saber sobre os tesouros da região que D. Pedro II não viu, assim como também são apresentados aqueles que ele viu, e registrou minuciosamente em seu célebre diário.
Nos depoimentos, destaque para o relato dos artistas plásticos Maria Amélia Vieira e Dalton Costa sobre a vivência com artesãos populares do São Francisco. As fotografias do francês Pierre Verger – sob análise dos historiadores Carmem Lucia Dantas e Douglas Apratto – e do alagoano Celso Brandão, que assina a capa da revista, permitem que o leitor se deleite com as belíssimas paisagens que podem ser encontradas por toda a extensão do Velho Chico.
