Jomílton Santos foi condenado pelo crime de homicídio duplamente qualificado
Depois de um julgamento que durou mais de 11 horas, no fórum da cidade de Rio Largo, o Ministério Público Estadual de Alagoas conseguiu a condenação de Jomílton Santos Braga. O réu foi submetido a uma pena de 20 anos em regime fechado pelo crime de homicídio duplamente qualificado contra Gilmara dos Santos da Silva, 17 anos. A jovem grávida foi morta em julho de 2013, numa estrada que dá acesso ao município de Messias. Outros dois homens também respondem pela mesma acusação, inclusive, o ex-namorado da vítima, que, à época, era vocalista e empresário da banda Forrozão Capa de Sela.
O promotor de Justiça Wesley Fernandes foi quem participou do júri na condição de membro do Ministério Público. Ele sustentou a acusação de assassinato. “O Jomílton Santos foi condenado pelo crime de homicídio duplamente qualificado, com os agravantes de ilícito cometido mediante pagamento e com dissimulação. Ele foi contratado para matar a jovem, que estava no 5° mês de gravidez, e, para cometer o assassinato, recebeu R$ 1,2 mil”, explicou o promotor.
“O réu também foi enquadrado no crime de aborto sem o consentimento da gestante, crime previsto no artigo 125 do Código Penal Brasileiro”, acrescentou Wesley Fernandes.
Por último, o acusado ainda foi condenado pelo Conselho de Sentença por posse de entorpecente, ilícito penal previsto no artigo 28 da Lei federal n° 11.343/2006. Quando foi preso, um dia depois do crime, ele portava uma certa quantidade de cocaína.
O crime
Gilmara dos Santos da Silva, 17 anos, teria sido assassinada segundo as investigações, por se negar a fazer um aborto. A jovem estava grávida do empresário e vocalista da banda Forrozão Capa de Sela, Ivanílson Monteiro de Oliveira. O autor intelectual ainda não sentou no banco dos réus porque a ação penal foi desmembrada e a defesa dele apresentou um recurso que, atualmente, está no Tribunal de Justiça.
Além dele, também são acusados do mesmo crime, Jomílton Santos Braga, o “Baiano” e Aldigesy Deodato da Silva, o “Pinto”. O homicídio ocorreu no dia 15 de maio de 2013, próximo ao trevo de acesso à cidade de Messias. O músico teria pago R$ 1,2 mil pela execução de Gilmara.
