As Polícias Científica e Civil de Alagoas realizaram uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (18) para divulgar os resultados do exame de toxicologia sobre o caso da professora Joice dos Santos Silva, de 36 anos.
O exame, conduzido no Laboratório Forense do Instituto de Criminalística, confirmou que a vítima morreu após ingerir alimentos envenenados com a presença das substâncias tóxicas sulfotep e terbufós, que são usadas como veneno para matar ratos, mesmo sendo proibidas pelo Ministério da Agricultura.
A coletiva contou com a presença do chefe do Instituto de Criminalística de Maceió, Charles Mariano, do chefe do Laboratório Perito Criminal, Thalmanny Goulart, e do delegado Rômulo Andrade, que preside o inquérito policial.
O delegado Rômulo Andrade, que preside o inquérito policial que investiga o caso, destacou que o laudo pericial é importante porque comprova cientificamente que a vítima foi morta por envenenamento. “Através do resultado do exame de toxicologia, conseguimos descartar a hipótese de suicídio, e confirmamos que ela foi morta por uma outra pessoa”, afirmou o delegado.
Rômulo Andrade disse ainda que a vítima, antes de morrer, desconfiou que estava sendo envenenada, pois chegou a mandar áudios dizendo que, em caso de morte por veneno, o culpado seria o ex-marido, com quem estava em processo de separação. Depoimentos de testemunhas, entre eles familiares da vítima, também possuem relatos de que a professora sofria agressões verbais e físicas.
O ex-companheiro de Joice é o principal suspeito do crime e permanece preso, aguardando as providências da Justiça alagoana. O caso tem gerado grande repercussão na comunidade, que clama por justiça e esclarecimentos sobre a motivação do crime.