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Política

Renan volta a cobrar apoio a fornecedores de cana

O senador Renan Calheiros defende que os pequenos e médios fornecedores de cana-de-açúcar do Nordeste, especialmente os de Alagoas, tenham um programa específico de apoio. O objetivo, segundo o parlamentar, é dar maior competitividade aos fornecedores, ampliar o acesso ao crédito bancário, incentivar o associativismo, instruir e ampliar o treinamento e melhorar os níveis escolares.

“Por isso, apresentei, em 2003, o projeto de lei que autoriza a criação do Programa de Apoio aos Pequenos e Médios Fornecedores de Cana-de-açúcar, o Proaf”, informou o líder do PMDB. A matéria já foi aprovada na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado e se encontra na Comissão de Assuntos Econômicos, onde tem como relator o senador Raimundo Colombo (DEM/PR).

Alagoas é o maior produtor de cana do Norte-Nordeste. No estado, existem hoje mais de sete mil plantadores de cana. Destes, seis mil são mini-fundiários e mini-agricultores, responsáveis pelo maior número de empregos no meio rural — são 240 mil postos de trabalho. Mais da metade destes plantadores sobrevive com uma produção de até 200 toneladas de cana.

“Tenho conversado com o presidente Lula, que é um homem do Nordeste, que conhece de perto os dramas e as necessidades da região”, lembrou Renan. O governo editou a Medida Provisória 449, publicada em dezembro passado, que incluiu a possibilidade de o governo federal conceder uma subvenção para os produtores independentes de cana-de-açúcar da região Nordeste na safra 2008/2009.

Pela MP, será garantido um preço de comercialização de R$ 40,92 por tonelada de cana-de-açúcar. A subvenção está limitada a R$ 5,00 por tonelada e a dez mil toneladas por produtor. “Tomadas as providências pelo governo federal e pelo Senado Federal, é importante garantir que, nos próximos dias, aconteça o pagamento da primeira etapa, relativa aos meses de setembro a dezembro”, afirmou o senador.

Alagoas receberá, no total, R$ 45 milhões, sendo que, inicialmente, a primeira etapa é de R$ 29 milhões. E o PMDB colaborou decisivamente para que isto acontecesse. A Asplana calcula que há cerca de 40 mil fornecedores de cana do Nordeste, a grande maioria pequenos produtores, que deverão produzir 20 milhões de toneladas de cana na safra 2008/2009.

O setor agroindustrial — cana, açúcar e álcool — representa 20% do PIB alagoano. “É importante também manter a política dos estoques reguladores, arma imprescindível para o governo regular os preços nos períodos de baixos estoques do mercado internacional”, finalizou Renan.