As dificuldades que vêm sendo enfrentadas pelo Programa do Leite em Alagoas foram discutidas nesta quinta-feira, 19, em reunião do senador Renan Calheiros (MDB) com representantes das cooperativas que integram a cadeira produtora no Estado. O programa tem sido alvo de constantes atrasos e cortes no orçamento por parte do governo federal, o que leva ao risco de ser extinto em Alagoas, caso não seja encontrada uma solução para a crise atual.
Segundo o presidente da Cooperativa dos Produtores de Leite de Alagoas (CPLA), Aldemar Monteiro, o orçamento anual do programa é de R$ 37 milhões, sendo que deste total, 80% deveriam ser repassados pelo governo federal e os restantes 20% são a contrapartida do Estado. Monteiro salientou que, mesmo com todo o apoio dado pelo governador Renan Filho, os constantes atrasos nos repasses federais causam dificuldades graves. Ele alerta que já existe o risco de paralisar o Programa do Leite em Alagoas e até de levar à sua extinção.
Ainda segundo Aldemar Monteiro, o programa é integrado por cerca de três mil produtores que distribuem 50 mil litros de leite por dia em quatro dias na semana. Antes da crise, o volume distribuído chegava a 80 mil litros/dia. Os representantes das cooperativas integrantes do programa pediram ao senador Renan apoio para tentar reverter a situação em Brasília e garantir a continuidade do apoio do governo estadual.
Sensibilizado com a grave situação do programa em Alagoas, o senador Renan se comprometeu em buscar soluções para ajudar aos produtores, tanto em Brasília, quanto junto ao governo do Estado. Renan lembrou que o Brasil enfrenta um momento muito difícil porque o governo Michel Temer vem desmontando diversos outros programas sociais, inclusive o Bolsa Família, e cortando recursos para setores importantes como educação e saúde.
O senador assegurou ainda que vai conversar com o governador Renan Filho para que o Estado, dentro das condições financeiras possíveis, encontre formas de evitar que o Programa do Leite seja interrompido, pois ele é uma ajuda alimentar importante para milhares de famílias carentes em Alagoas. Segundo Renan, apesar de todo o ajuste financeiro feito no governo Renan Filho, a receita anual de Alagoas ainda é insuficiente para que o Estado possa assumir, sozinho, todos os programas sociais que estão sendo desmontados pelo governo Temer.
Participaram da reunião com Renan os presidentes da Faeal, Álvaro Almeida; da Pindorama, Klécio Santos; da Fetag, Givaldo Teles; da Cafisa, Luciene Gadi; da Coopaz, Thiago Silva e a tesoureira da Aagra; Maria de Souza, além do vice-prefeito de Jacaré dos Homens, Marcos Aurélio Melo.