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Política

Renan pede reajuste do Bolsa-Família acima da inflação

Durante a campanha eleitoral, a presidenta eleita Dilma Rousseff estabeleceu como uma de suas metas eliminar a “miséria extrema” no Brasil. A equipe de transição trabalha para que Dilma consiga cumprir a promessa. Uma das medidas em estudo é reajustar o benefício do Bolsa Família acima da inflação. O senador Renan Calheiros, relator do Bolsa Família no Senado, tem acompanhado de perto as reuniões que tratam do tema. “O Bolsa Família é a mola propulsora de uma verdadeira revolução, que pretende banir do País a fome e a miséria”, reiterou o senador.

Hoje, o Brasil possui 8,9 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema, 85% delas concentradas na região Nordeste. Informações reunidas recentemente pelo Ministério do Desenvolvimento Social e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) assinalam que os valores pagos são ainda insuficientes para a superação da pobreza aguda.

Atualmente, verifica-se uma queda de 12% para 4,8% do porcentual da pobreza extrema observada entre 2003 e 2008. Esses são dados usados pelo Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família. O número de pobres varia porque não existe uma linha de pobreza única no Brasil.

Nestes anos, mais de R$ 41 bilhões de reais foram desembolsados com o programa, beneficiando mais de 46 milhões de brasileiros, incrementando em 50% a renda das famílias. O Bolsa Família foi criado em 2003 pelo presidente Lula, concentrando diferentes benefícios em um só, destinados a pessoas em situação de extrema pobreza, tendo como contrapartida do beneficiado a manutenção de seus filhos ou dependentes na escola e vacinados.

As Nações Unidas já classificaram o Bolsa Família como um dos melhores programa sociais e quer que ele seja adotado em todos os países para combater, efetivamente, a pobreza. Egito e países do Leste Europeu já consultam técnicos brasileiros para implantar programas semelhantes.