Brasília, 12 – O senador Renan Calheiros, em entrevista a uma emissora de rádio de Maceió, neste sábado, por telefone, reafirmou sua preocupação e zelo com os menos favorecidos, com os desassistidos, com os descriminados, lembrando ser esta uma prática que tem exercido em sua vida pública. Em mais de uma oportunidade comemorou, durante a entrevista, a votação de várias matérias e ações discutidas, votadas, encaminhadas e aprovadas no Congresso Nacional em benefícios de uma boa parcela da sociedade que precisa de atenção e de legislações específicas.
Um dos pontos que o senador enfatizou como destaque e que foi assunto de um pronunciamento que fez em Plenário na sexta-feira, foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer, finalmente, que as cotas raciais são legítimas e legais. Isso provocou um novo entusiasmo ao senador que, como todos reconhecem, é um permanente lutador pelas causas sociais.
Ao parabenizar os ministros do STF, o senador alagoano disse que esse reconhecimento do Supremo reveste-se de caráter especial porque neste domingo, 13 de maio, é comemorado mais um aniversário da abolição da escravatura ou da proclamação da Lei Áurea, como foi denominada pela história oficial em 1888 e que foi por mais de meio século comemorado com a efígie da Princesa Isabel, a redentora dos escravos.
– O dia 13 de maio é uma data para lembrarmos as injustiças e crueldades praticadas ao longo do tempo contra a população negra, além de repudiar essa chaga a ser banida do cenário mundial, que é a discriminação entre os seres humanos. Muita gente boa deu a vida em nome dessa causa, consolidando valores que devem ser cultivados por todos nós e pelas gerações futuras – disse o senador, parabenizando a comunidade negra pela passagem deste domingo.
Dia das mães
Na mesma entrevista o líder do PMDB no Senado aproveitou para parabenizar às mães alagoanas, que neste domingo também são alvo de homenagens especiais pelos filhos, esposos e todos aqueles que “veem nesse ser tão precioso uma dádiva do Criador, o símbolo da adoção e do amor incondicional que Deus criou e que merece todo o nosso respeito, carinho e admiração”, pontuou o senador.
Renan também parabenizou a presidente Dilma pela iniciativa de homenagear as mães, neste domingo, anunciando, entre outras medidas, o fim do limite de filhos, na faixa etária que vai de zero a seis anos, para o recebimento do benefício do Bolsa Família. O impacto dessa medida, considerada essencial para acabar com a pobreza extrema, segundo ele, deve ficar perto dos R$ 3 bilhões.
Outro ponto que o senador destaca no discurso que a presidente fará neste domingo, em rede nacional de rádio e TV, é que o governo vai construir creches, incluir remédios para asma no programa Farmácia Popular e acrescentar vitamina A nas vacinas durante as campanhas. As iniciativas fazem parte da Agenda de Atenção Básica à Primeira Infância e têm como foco crianças de até seis anos.
Deficientes
Depois de parabenizar a comunidade negra e as mães, assim como a presidente da República, Renan lembrou que partiu de sua iniciativa, quando presidente do Senado, uma série de providências até então inéditas nas dependências da Casa que foram adotadas em benefício dos deficientes.
– Foi na nossa gestão que a acessibilidade ganhou voz e provocou uma transformação no Senado: a Semana da Acessibilidade ganhou notoriedade e atraiu pessoas comuns e celebridades para discutir o tema. O Senado foi transformado: adaptação de seus espaços físicos internos tornando-os acessíveis a todas as pessoas. Rampas foram adaptadas e alargadas para cadeira de rodas, os meio-fios e telefones foram rebaixados e sanitários foram adequados – destacou o senador.
Mas a preocupação com os deficientes não pararam. Ele lembrou na entrevista que os corredores de acesso ao Senado foram reformados, assim como os elevadores; carros elétricos para as visitações de deficientes, as publicações de leis, rótulos de remédios e notícias em braile e, inclusive, as transmissões da TV Senado em Libras (Língua Brasileira de Sinais), além de uma série de outras iniciativas que permitiram uma maior participação da sociedade na cidadania nacional.
Renan recordou, também, que recentemente o Senado comemorou o Dia Internacional da Síndrome de Down, por iniciativa do senador Lindbergh Farias e do deputado federal Romário. A Síndrome de Down, como fez ver durante a entrevista, não é uma doença – “é uma ocorrência genética na gestação que acontece por causas ainda desconhecidas durante a divisão das células do embrião”.
Renan lembrou as estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelando que, a cada 800 partos nasce uma criança com a Síndrome de Dowin. E completou: “No Brasil e em todo o mundo são muitos casos dessas pessoas especiais e esperamos que o Senado continue nessa linha de atender a parcelas da sociedade que precisam de atenção e de legislações específicas”.